Em 2022, mais de 800 mil pessoas deixaram o Paquistão buscando melhores oportunidades econômicas em outros lugares. A inflação elevada e a desvalorização da rupia em 30% no ano passado empurraram muitas pessoas de classe média urbana para a beira da pobreza, enquanto enchentes catastróficas devastaram a população rural pobre. As reservas estrangeiras do país são suficientes apenas para pagar menos de um mês de importações, deixando o estado em uma situação precária. A inflação também aflige outros países em escala mundial.
O Paquistão é um grande exportador de mão de obra, mas as remessas enviadas para casa não são investidas em indústrias. Embora o país seja um produtor de algodão, o setor têxtil continua subdesenvolvido. Além disso, a atividade de TI não se transformou em um boom tecnológico, diferentemente do que aconteceu na Índia. A criação de empregos não acompanha a alta taxa de crescimento populacional do país, e o governo não investiu em educação de qualidade, saúde, energia alternativa ou controle populacional.
O governo forneceu subsídios generosos para combustível, água e energia, mas não investiu em necessidades básicas da população. A base tributária é baixa, e a despesa de defesa, incluindo o maior conglomerado industrial do país, consome grande parte do orçamento. O governo de Imran Khan, eleito há quatro anos com a promessa de um governo limpo e com princípios, foi acusado de corrupção e incompetência. Há uma necessidade urgente de reformas significativas, mas a instabilidade política impede progresso.
Crises políticas ou econômicas também são vistas em países como o Japão, que vê os anos passarem e os salários continuarem estagnados, diminuindo o poder de compra dos trabalhadores. A inflação também é marcante no Brasil que, desde o começo do século, viu os valores aumentarem em cerca de quase 400% sobre o preço da gasolina.
Como a crise no Paquistão impacta o Brasil e o restante do mundo?
O Paquistão é um país localizado no sul da Ásia, com uma população de cerca de 220 milhões de pessoas e uma economia emergente. No entanto, a instabilidade política e a inflação têm sido problemas persistentes no país, o que pode ter impactos na economia global, incluindo o Brasil.
As crises políticas e econômicas no Paquistão podem afetar a economia global de diversas maneiras. Uma delas é a redução da confiança dos investidores estrangeiros, o que pode levar a uma fuga de capital do país.
Além disso, a inflação no Paquistão leva a um aumento nos preços das commodities, como o petróleo e os alimentos. Os impactos recaem sobre o Brasil, que importa uma abundantemente de petróleo e alimentos. O aumento dos preços leva a um aumento da inflação, afetando negativamente a economia do país.
Outro impacto indireto é que a instabilidade política no Paquistão pode levar a conflitos na região, como, por exemplo, com a Índia. A tensão entre os dois países afeta a economia global, como foi visto em 2019, quando uma escalada militar entre os Índia e Paquistão levou a um aumento dos preços do petróleo e a uma queda nos mercados financeiros.
Em resumo, crises políticas e econômicas no Paquistão têm impactos na economia global, incluindo o Brasil. O aumento da inflação e a instabilidade política podem levar a uma redução da confiança dos investidores estrangeiros, aumento nos preços das commodities e até conflitos que afetem a economia global.
Notícia: A Austrália também está com uma das maiores taxas de juros do Banco Central dos últimos 11 anos! Isso também se deve pelo aumento da inflação com o pós-pandemia! Leia a notícia em nosso jornal, Petrosolgas, e fique por dentro de tudo o que acontece na economia mundial e internacional.
