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A inflação no seu bolso: desde os anos 2000, valor da gasolina já aumentou 386,11%

No início do século, brasileiros pagavam menos de R$ 2 por litro.

by Daiane
A inflação no seu bolso: desde os anos 2000, valor da gasolina já aumentou 386,11%

No ano de 2022, o preço da gasolina chegou a um dos maiores patamares históricos, em torno de R$ 7 em estados como Santa Catarina. Em alguns momentos, o diesel se manteve mais caro que a própria gasolina.  Essa alta é referente a 386,11% desde 2000. 

A inflação é o aumento geral dos preços de bens e serviços em uma economia durante um período. Isso significa que o mesmo produto ou serviço que custava R$ 1,00 em um ano, pode custar R$ 1,10 no ano seguinte, e assim por diante.

Isso reduz o poder de compra da moeda, o que significa que as pessoas precisam gastar mais dinheiro para comprar os mesmos itens básicos. Supondo que a gasolina custasse R$ 2 e fosse para R$ 6, antes seria possível comprar 3 litros, mas agora, é possível comprar apenas 1. 

Um exemplo prático disso pode ser visto no preço da gasolina no Brasil, que tem aumentado constantemente ao longo dos anos devido a uma combinação de fatores, como a desvalorização do Real, os impostos, a política de preços da Petrobras e as flutuações do mercado internacional de petróleo. Como resultado, os consumidores precisam pagar mais para encher o tanque do carro, afetando o orçamento doméstico e a economia do país como um todo.

Felizmente, nesta semana, a Petrobras anunciou um novo reajuste advindo das refinarias onde a gasolina e o diesel teriam desconto. O governo, entretanto, voltou a abordar a possibilidade de tributar os combustíveis, medida retirada pelo governo Bolsonaro para segurar a crise pós pandêmica. 

Atualmente, o Brasil está na lista de 40 países com a gasolina mais barata no mundo. No entanto, ainda perde para vizinhos importadores como o Uruguai. O Uruguai cobra em torno de R$ 1,8 por litro, batendo de frente com os preços de países como Suíça e Alemanha. 

Apesar disso, a Argentina, que exporta para eles, continua com uma das inflações mais elevadas do mundo, superando mais de 94% somente em 2022, os preços dos combustíveis por lá são bastante semelhantes aos brasileiros, em torno de R$ 5,08. 

Os principais motivos que fazem a gasolina no Brasil ser mais cara que no Uruguai são os impostos elevados e a política de preços da Petrobras. Além disso, o Uruguai é um país pequeno e com uma demanda menor por combustíveis, fazendo com que o governo consiga aplicar medidas mais intensas para controlar os preços. 

Tabela com preços médios da gasolina desde os anos 2000

Abaixo está uma tabela com os preços médios da gasolina no Brasil, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), desde o ano 2000 até 2022, juntamente às porcentagens de aumento em relação ao ano anterior.

Ano Preço médio da gasolina Porcentagem de aumento
2000 R$ 1,44
2001 R$ 1,67 16%
2002 R$ 1,73 4%
2003 R$ 2,05 19%
2004 R$ 2,06 0,5%
2005 R$ 2,35 14%
2006 R$ 2,53 8%
2007 R$ 2,57 1,6%
2008 R$ 2,84 11%
2009 R$ 2,57 -9,5%
2010 R$ 2,74 6,6%
2011 R$ 2,89 5,5%
2012 R$ 2,99 3,5%
2013 R$ 2,98 -0,3%
2014 R$ 3,13 5%
2015 R$ 3,60 15%
2016 R$ 3,75 4%
2017 R$ 3,89 3,7%
2018 R$ 4,27 10%
2019 R$ 4,59 7,5%
2020 R$ 4,60 0,2%
2021 R$ 5,63 22%
2022  R$ 6,06  

É importante lembrar que esses valores são médias nacionais e que o preço da gasolina pode variar de acordo com a região e o posto de combustível. 

Sobre a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis)

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) é uma autarquia federal que visa fiscalizar a indústria de petróleo, gás natural e biocombustíveis no Brasil. Criada em 1997 pela Lei do Petróleo, a ANP tem como atribuições o estabelecimento de normas técnicas, a concessão de autorizações e o controle da qualidade dos produtos.

 A agência também é responsável pela gestão dos contratos de exploração e produção de petróleo e gás natural, além de atuar na defesa do consumidor. A ANP desempenha um papel fundamental na indústria de energia do Brasil e é reconhecida internacionalmente como um órgão regulador competente e confiável.

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