A Petrobras fechou um contrato com a Bunge, para aquisição de óleo de soja refinado para produção de diesel R5, o combustível com conteúdo renovável, que será produzido pela Refinaria Getúlio Vargas (Repar), no Paraná. O óleo de soja que será refinado para produção do diesel R5, começou a ser fornecido pela Bunge à Petrobras no final do mês de junho, e a produção do diesel R5 começará em setembro desse ano, segundo comunicado à imprensa.
O combustível renovável: Diesel R5
O combustível renovável Diesel R5, é confeccionado com base no coprocessamento de óleo de origem vegetal, nesse caso em questão, é utilizado o óleo de soja refinado.
O Diesel R5 é um biocombustível avançado, quimicamente semelhante ao diesel mineral, porém, produzido com matéria-prima renovável, como já dito. O mesmo pode ser produzido em unidades industriais especializadas para sua produção, ou por coprocessamento, em unidades de hidrotratamento.
O assunto acerca do Diesel R5 ainda está em trâmite no Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, sobre a possibilidade de o combustível com conteúdo renovável, produzidos em unidades especializadas ou por coprocessamento com óleos de origem vegetal, também estão avaliando a possibilidade de ser considerado no mandato de biocombustível presente no diesel já comercializado nos postos.
Petrobras pretende expandir produção do diesel R5
A Petrobras visa expandir sua produção de diesel R5 para mais duas refinarias, uma no Sudeste, e futuramente, a petroleira pretende subsidiar uma unidade especializada ao processamento do óleo de soja refinado. Os investimentos são estimados em mais de US$ 500 milhões até 2026.
A aprovação do diesel R5 poderia alavancar o conteúdo de mistura renovável na feitura do combustível. De acordo com o comunicado, o diesel sairia da refinaria com 95% de sua composição com diesel de origem mineral, e apenas 5% de diesel renovável.
Em uma entrevista, o diretor de Refino e Gás da Petrobras, Rodrigo Costa, conta que a iniciativa do diesel R5 tem intenção de acompanhar as evoluções do mercado internacional, que vão de encontro à transição energética.
“(O teste) vai confirmar de fato a efetividade desse produto no consumidor propriamente dito. Para avaliar qualidade, performance…”, disse Costa.
“É uma refinaria que está acompanhando transição energética… (Tais investimentos) combinam uma obrigação que a gente tem, que é dar continuidade a operações no negócio, e ainda valoriza, torna ainda mais atrativo o ativo (para a venda).”
A Bunge e o óleo de soja refinado
A Bunge, já é atuante no mercado brasileiro desde 1905, a Bunge Brasil é uma subsidiária da Bunge Limited, holding norte-americana que foi fundada em 1818 nos Estados Unidos e está presente em mais de 40 países.
Com mais de 7 mil funcionários por todo o país, a multinacional Bunge é uma das principais empresas do ramo do agronegócio e alimentícios e líder na originação de grãos, em processamento de trigo e soja.
É uma das maiores exportadoras do país, de maneira substancial, a Bunge contribui para o saldo positivo do comércio e para as divisas para a economia nacional. Com mais de 100 instalações pelo país, entre fábricas, moinhos, centros de distribuição, silos e instalações portuárias. A empresa lidera o mercado de óleo de soja no país, com a marca Soya.