A Petrobras deu início à operação do FPSO (plataforma flutuante) Almirante Barroso no campo de Búzios, localizado no pré-sal da Bacia de Santos. Essa é a quinta unidade a entrar em fase de produção no campo, que já abriga as plataformas P-74, P-75, P-76 e P-77. Búzios é um dos maiores campos produtores do país e atualmente responde por cerca de 17% da produção nacional de petróleo, com uma média de 560 mil barris por dia.
O campo de Búzios é considerado estratégico para a Petrobras e desempenha um papel fundamental na segurança energética do país. Com o conceito de desenvolvimento em expansão, estão previstas a instalação de um total de 11 plataformas. Atualmente, seis unidades estão em processo de construção, incluindo o FPSO Almirante Tamandaré, P-78, P-79, P-80, P-82 e P-83.
Com a entrada em operação do FPSO Almirante Barroso, a Petrobras projeta um aumento significativo na produção do campo de Búzios. Até 2025, quando a plataforma estiver próxima de atingir sua capacidade máxima, a expectativa é que a produção do campo no pré-sal se aproxime da marca de 700 mil barris por dia, consolidando sua posição como um dos principais produtores de petróleo do país.
O FPSO Almirante Barroso possui uma capacidade de produção de até 150 mil barris por dia de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural. Sua entrada em operação fortalece ainda mais a presença da Petrobras no pré-sal e contribui para o aumento da produção nacional de petróleo e gás.
A Petrobras é a operadora do campo de Búzios, detendo uma participação de 88,99% na jazida compartilhada. A empresa conta com a parceria das companhias chinesas CNOOC (7,34%) e CNODC (3,67%) para o desenvolvimento do campo, consolidando a importância das alianças estratégicas no setor de petróleo e gás.
O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) irá julgar na quarta-feira (07) a venda da refinaria Lubnor (Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste) da Petrobras para a Grepar Participações. A venda da unidade, líder na produção de asfalto no país, foi fechada há cerca de um ano, por US$ 34 milhões, com um pagamento à vista de US$ 3,4 milhões. No entanto, empresas concorrentes, como a Asfaltos Nordeste, questionaram a venda e pediram a revisão do processo.
A refinaria Lubnor, localizada no Ceará, faz parte de um conjunto de oito refinarias que a Petrobras decidiu vender durante o governo Bolsonaro para evitar a concentração de mercado. A unidade possui capacidade para processar 8 mil barris de petróleo por dia e é especializada na produção de asfalto, utilizando petróleo pesado proveniente do Espírito Santo e do Ceará.
Com a mudança na gestão da Petrobras em janeiro, o presidente Jean Paul Prates anunciou a suspensão do processo de venda das refinarias que ainda não haviam assinado contratos. A decisão do Cade sobre a venda da Lubnor será um importante marco nesse contexto, podendo influenciar o futuro das outras refinarias que estão sob análise.
Empresas concorrentes, como a Asfaltos Nordeste, contestaram a venda da Lubnor e recorreram ao Cade, alegando que a decisão afetaria negativamente o mercado. Agora, cabe ao Cade analisar os argumentos apresentados pelas partes envolvidas e decidir se a venda da refinaria será mantida ou se haverá revisão do processo.
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