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Demanda global por petróleo avançará a níveis pré-pandemia no próximo ano

Segundo dados da AIE, a demanda de petróleo avançará a níveis pré-pandemia em 2023. A China terá expansão de 930 mil bpd

by Valdemar Medeiros
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De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), nesta quarta-feira (15), a demanda global por petróleo deve avançar a níveis pré-pandemia em 2023, após três anos de lockdowns pela covid-19 e o choque econômico da guerra da Ucrânia. Grande parte dessa expansão será puxada pelos chineses, enquanto economias em desenvolvimento devem enfrentar uma piora na perspectiva econômica e elevação na inflação.

Demanda de petróleo crescerá em 2,2 milhões de barris em 2023

A AIE espera que o crescimento da oferta fique atrás do avanço na demanda de petróleo, pressionando um mercado já apertado, que está com um déficit de 500 mil barris por dia projetado para 2023, após a pandemia e um superávit de 400 mil barris por dia no ano atual.

Produtores estadunidenses devem expandir a oferta em 2023, enquanto os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) devem continuar passando por dificuldades para suprir suas metas produtivas.

A demanda de petróleo crescerá 2,2 milhões de bpd no próximo ano, chegando a 101,6 milhões de bpd. Desta forma, estará acima de seus níveis de 2019 pela primeira vez desde o começo da pandemia, de acordo com a AIE.

China terá expansão de 930 mil bpd no próximo ano

Os países desenvolvidos na Europa e na América do Norte contribuíram para grande parte do avanço na demanda de petróleo este ano.

Os países menos desenvolvidos devem contribuir com 80% do crescimento na demanda no próximo ano, de acordo com a entidade.

A China deve ter uma expansão a níveis pré-pandemia de 930 mil bpd no próximo ano, contribuindo a estabelecer de novo como o motor primário do crescimento global na demanda de petróleo.

Déficit de 2,8 milhões de bpd em maio

Problemas na oferta criaram um déficit de 2,8 milhões de bpd no último mês entre a meta da Opep+ e sua verdadeira produção, de acordo com a AIE.

Segundo a entidade, os problemas do grupo devem continuar se expandindo em 2023. A Agência prevê que a produção da Opep+ recuará 500 mil bpd no próximo ano.

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