A gasolina deve ficar mais cara para o consumidor, a partir do final deste mês de fevereiro de 2023. O fim da desoneração de impostos do Governo Federal pode ser a causa desse aumento do valor do líquido da gasolina, que será direcionado ao consumidor final do combustível.
Combustível mais caro: gasolina pode ser reajustada em R$ 0,69 no final deste mês
De acordo com o economista da Universidade Federal Fluminense, a desoneração do imposto do Governo Federal pode aumentar a gasolina em R$ 0,69 por litro; o que irá pesar no bolso do consumidor final já no início de março deste ano.
O especialista destaca que essa elevação do valor cobrado no posto de combustível deve ocorrer, se for confirmada a volta dos impostos federais diretamente no combustível, como ocorreu em 2022. A previsão é de que o valor do etanol seja reajustado em R$ 0,33 por litro.
Repasse de impostos
A previsão é de que a oneração sobre os combustíveis volte já no próximo dia 28. Visto que nenhuma ação para reverter essa possível elevação foi oficializada até o momento. Em junho de 2022 os tributos federais foram zerados por conta da desoneração.
Contudo, os dados oficiais da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) demonstram que é possível analisar que antes da desoneração ocorrer, incidiam R$ 69 por litros de gasolina comum e R$ 0,33 por litro de diesel S10. Visto que os tributos federais são cobrados em um valor definido por litro do combustível.
No ano de 2022 o governo anterior havia implementado medidas de redução dos tributos federais, diminuindo esse valor cobrado por litro. Assim, a gasolina encerrou 2022 com uma queda de aproximadamente 25% no seu preço, considerando a média de R$ 4,96 nos postos de combustíveis do Brasil.
Diversos combustíveis poderão custar mais caro
No último dia 31 de dezembro, a desoneração foi encerrada para o diesel, biodiesel e gás liquefeito de petróleo. Contudo, a desoneração dos impostos para outros combustíveis essenciais se encerra em 28 de fevereiro de 2023. Sendo assim, a elevação pode impactar a gasolina, o etanol, o gás natural veicular e o querosene de aviação.
O especialista em economia explica que antes dessa alteração sobre o imposto estadual, algumas regiões do Brasil cobravam até 30% mais de ICMS sobre a gasolina, considerando a sua forte demanda. A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) ressalta que o ICMS é o maior imposto na composição do valor do combustível.
No ano de 2022, por exemplo, o ICMS impactou 23,5% do valor final da gasolina na média nacional. No entanto, isso já ocorria antes da desoneração dos tributos federais. Segundo informações oficiais da ANP, de acordo com relatório emitido em janeiro, o atual preço médio do litro de gasolina está em R$ 4,98.
Repasse de preços ao consumidor
Diversos fatores impactam o mercado de combustível e, principalmente, o valor cobrado do consumidor final. Sendo assim, é necessário acompanhar as ações do governo e as medidas econômicas. Contudo, caso nenhuma novidade surja neste cenário, a tendência é que o consumidor pague mais caro pela gasolina.
Além disso, os demais combustíveis que irão sofrer com essa oneração também impactarão outros setores, elevando o preço de outros serviços e meios de transporte, já que a tendência é que as empresas repassem esse custo ao consumidor final.