Home INDÚSTRIA Bioeconomia: conheça o setor que gera milhões de vagas de emprego e movimenta trilhões de euro por ano

Bioeconomia: conheça o setor que gera milhões de vagas de emprego e movimenta trilhões de euro por ano

Por meio da bioeconomia, o agronegócio tem se expandido cada vez mais e fortalecido a economia a nível internacional.

by Redação Petrosolgas
Por meio da bioeconomia, o agronegócio tem se expandido cada vez mais e fortalecido a economia a nível internacional.

De acordo com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o setor de bioeconomia produz mais de 2 trilhões de euros por ano no mundo inteiro, além de gerar mais de 20 milhões de empregos. O segmento, que faz parte do agronegócio, cresce com mais na biodiversidade, o que torna o Brasil um país forte para se destacar na área. Além disso, fortalecer a economia do país com base no desenvolvimento sustentável é uma forma de manter os valores ambientais atrelados ao lucro.

A bioeconomia tem grande impacto na economia do país e procura fazer isso de modo sustentável. O etanol é um exemplo dos itens produzidos pelo segmento

Como forma de definir a bioeconomia, a OCDE desenvolveu a seguinte descrição: “[A bioeconomia é] um mundo onde a biotecnologia contribui com parcela importante da produção econômica. Sua emergência está relacionada a princípios relativos ao desenvolvimento sustentável e sustentabilidade ambiental, envolvendo os elementos: biotecnologia, conhecimento, biomassa renovável e integração entre aplicações”.

De forma mais palpável, o segmento atua diretamente com o desenvolvimento de alimentos, vacinas e biocombustíveis, além de auxiliar também na área de cosméticos e cruzamento e aperfeiçoamento de plantas e animais.

O etanol, um biocombustível produzido a partir da fermentação de açúcares e cereais, é um exemplo prático de como a bioeconomia se faz presente. Ele já foi descrito como o “combustível verde do futuro”, de acordo com o ministro do petróleo da Índia, o que demonstra a sua popularização mundo afora.

No entanto, ainda existem muitas limitações na área, como aponta Jorge Madeira Nogueira, professor de economia da Universidade de Brasília (UnB). Em sua fala, o docente destaca a necessidade de desenvolver “alternativas para investir na pesca na Amazônia, investir em políticas públicas para cooperativas de açaí e ampliar o trabalho da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) na Amazônia”. É a partir do investimento na bioeconomia que o setor pode crescer ainda mais e ajudar na qualidade de vida da população.

O sistema de aproveitamento e desmatamento precisa ser repensado. A bioeconomia deve valorizar o desenvolvimento sustentável da região

Apesar das vantagens proporcionadas pela bioeconomia, as práticas da área precisam mudar, como aponta Patrícia Gomes, diretora-executiva adjunta do Imaflora e gestora da Rede Origens. Para ela: “[…] a gente vê na Amazônia um dos exemplos de bioeconomia que é aquele modelo tradicional, um modelo muito de exploração. Você chega, retira o recurso, você não compartilha a riqueza, você sai dali e deixa a pobreza, o desmatamento. A gente tem que compartilhar valor localmente, fazer repartição de benefícios e pensar um negócio que seja ganha ganha. Que seja um bom negócio para as empresas e que seja também um vetor de desenvolvimento sustentável na região”.

Afinal, considerando que um dos pilares da bioeconomia é o desenvolvimento sustentável, prezar pelo bem-estar da comunidade local e evitar o desmatamento são passos básicos para que a prática continue gerando lucro de forma contínua.

Seguindo práticas que preservem o meio ambiente, a bioeconomia — e o agronegócio como um todo — será capaz de fomentar a economia do Brasil por ainda mais tempo. O desenvolvimento sustentável precisa de condições mínimas para sobrevivência, como a terra saudável para produzir recursos em boas condições, por exemplo. A partir de uma prática consciente e investimentos na área, ela só tem a crescer.

Por fim, pode-se concluir que o desenvolvimento sustentável tem sido uma prática cada vez mais incentivada no Brasil e no mundo. Por meio da bioeconomia, o agronegócio tem se expandido cada vez mais e fortalecido a economia a nível internacional.

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