A América Latina está embarcando em uma jornada rumo a um futuro energético mais limpo e sustentável. Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), a produção de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão, está prevista para diminuir drasticamente na região até 2050. Enquanto isso, os biocombustíveis e os veículos elétricos estão emergindo como os protagonistas na transformação do cenário energético latino-americano.
Em meio a essa transição, o gás natural é uma exceção notável. A IEA prevê um aumento de quase 25% na produção de gás natural na América Latina até 2050. Esse aumento é impulsionado pela demanda crescente e pela necessidade de fontes de energia mais limpas. No entanto, o gás natural é a única exceção, pois outros combustíveis fósseis, como petróleo e carvão, estão fadados a uma queda de pelo menos 75% durante o mesmo período.
A transição para veículos elétricos e biocombustíveis é um dos principais impulsionadores dessa transformação energética na América Latina. Com a demanda global por combustíveis fósseis prevista para atingir o pico até 2030, a produção desses combustíveis também enfrentará declínio nas próximas décadas.
Embora a participação de combustíveis fósseis deva diminuir ligeiramente na América Latina à medida que as energias renováveis se expandem, o relatório da IEA adverte que as políticas atuais não serão suficientes para evitar um aumento nas emissões de CO₂ relacionadas à energia. No entanto, biocombustíveis e eletrificação do transporte estão emergindo como aliados essenciais na substituição dos derivados de petróleo na região.
O Brasil lidera na adoção de biocombustíveis, enquanto países como Chile, Colômbia, Costa Rica e México estão priorizando a rápida adoção de veículos elétricos. Dos 33 países na região, 16 já têm políticas de descarbonização dos transportes em vigor, buscando alternativas para o transporte descarbonizado.
Apesar de ter a matriz elétrica mais renovável do mundo, o consumo final de petróleo na América Latina permanece alto, principalmente devido ao setor de transportes. No entanto, a eletrificação do transporte deve contribuir significativamente para a redução da parcela de combustíveis fósseis no fornecimento primário de energia até 2030. A região também está se destacando no cenário internacional quando se trata de hidrogênio, com vários países latino-americanos implantando estratégias de hidrogênio de baixo carbono.
Além das mudanças na matriz energética, a América Latina também está se destacando na produção de minerais críticos, como cobre e lítio, essenciais na fabricação de baterias para veículos elétricos. A região concentra 40% da produção global de cobre, 35% do lítio e detém cerca da metade das reservas de lítio. A crescente demanda por esses minerais está impulsionando a economia da região, tornando-a uma peça fundamental na transição global para uma energia mais limpa.
A necessidade de investimentos em energia é evidente, especialmente nos mercados emergentes. A IEA estima que os investimentos em energia devem chegar a US$ 2,8 trilhões em 2023, com um foco significativo em energia limpa e infraestrutura.
A América Latina não está apenas se destacando na produção de energia limpa, mas também na atração de investimentos e na formação de coalizões, como a Aliança Financeira de Glasgow para Net Zero (GFANZ), que visa desbloquear o financiamento climático na região.
A América Latina está trilhando um caminho promissor em direção a uma economia de energia mais limpa e sustentável. Com a diminuição dos combustíveis fósseis e o aumento dos biocombustíveis, veículos elétricos e produção de minerais críticos, a região está contribuindo significativamente para as transições globais de energia limpa. A próxima década será crucial para consolidar essas mudanças e garantir um futuro mais verde para a América Latina e o mundo.
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