De acordo com um comunicado do presidente Nicolas Maduro, ele planeja aumentar a produção de petróleo em 65.000 barris por dia, expandindo a produção de uma joint venture entre a PDVSA e a China CNPC.
Esse empreendimento, a Sinovensa, é detido em 49 por cento pela gigante estatal chinesa e 51 por cento é a PDVSA. Atualmente, 100.000 barris por dia são produzidos no cinturão do Orinoco. O petróleo cru é a média do grau de sobrepeso de Orinico, que é então misturado com óleo leve para formar a mistura Merey, que, junto com outros tipos intermediários, está em alta demanda entre as refinarias asiáticas.
“Sempre agradeço a China por todos esses esforços e cooperação”, disse Maduro. Ele acrescentou que esta será a primeira de duas expansões de produção, a segunda das quais deverá levar a produção a 230 mil barris por dia.
No último relatório mensal do mercado de petróleo, as fontes secundárias da OPEP – aquelas que o cartel considera dados oficiais de produção – indicam que a produção de petróleo bruto da Venezuela caiu em 16.000 barris por dia de junho para 734.000 barris por dia em junho. Para comparação, a produção de petróleo bruto da Venezuela em 2017 foi em média 1,911 milhões de barris por dia. Segundo a IHS Markit, pode cair abaixo de 500.000 barris por dia até 2020.
A China, junto com a Rússia, apoiou a Venezuela, apesar das sanções dos EUA, e continuou a fornecer dinheiro ao governo em troca de petróleo bruto. No início desta semana, a mídia informou que uma empresa chinesa ajudaria a Venezuela a reparar suas refinarias hospitalares, o que causou uma escassez de combustível que poderia abalar o governo de Maduro, se persistir.
O último passo de Washington para exercer pressão sobre a Venezuela foi o decreto do presidente Trump, que ordenou que todos os ativos pertencentes ao governo venezuelano nos Estados Unidos fossem congelados. Um dia depois, em resposta a um alerta do assessor de segurança nacional John Bolton de que a China e a Rússia deveriam parar de ajudar Maduro, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores disse que Washington deveria parar de “intimidar” a Venezuela.
“A China está chamando os Estados Unidos … para permitir que o povo venezuelano decida seu próprio futuro e pare imediatamente de intimidar outros países a cada passo”, disse Hua Chunin.
