Pela terceira vez consecutiva houve queda na arrecadação da União com impostos e demais fontes de receitas, de acordo com dados disponíveis no site da Receita Federal e analisados com periodicidade mensal. No apurado de agosto, tal soma chegou a R$ 172,78 bilhões – uma redução de 4,14%, já descontando-se a inflação e em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA. A estatística é comparável com agosto de 2022.
Entre janeiro e agosto deste ano, a arrecadação chegou ao patamar de R$ 1,52 bilhão, o que representa um recuo real de 0,83% ao se analisar o mesmo período em 2022.
Ainda de acordo com o relatório, um decréscimo foi registrado ao se analisar as fontes de receitas administradas pelo órgão. Pelo documento, o valor obtido em agosto foi R$ 167,04 bilhões – queda de 3,33%. Entretanto, no acumulado de janeiro a agosto há uma alta real de 0,69%, com R$ 1,44 trilhão arrecadados.
De acordo com o boletim, os atuais resultados sofreram a interferência por alterações na legislação tributária e por pagamentos atípicos tanto em 2022 quanto em 2023, especialmente do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incide sobre o lucro das empresas. Conforme a Receita Federal, esses índices são considerados indicadores importantes da atividade econômica e do setor produtivo.
Pontos focais
Outros destaques da arrecadação de agosto, de acordo com o relatório, foram o Imposto de Importação e o IPI Vinculado à Importação. Somadas, as taxas representam a arrecadação de R$ 6,76 bilhões – diminuição real em 16,64%. Isso se deve as reduções de quase 18% no valor em dólar das importações e de 4,66% na taxa média de câmbio. Há de se considerar também um aumento de 12,5% e 14,6% em alíquotas médias efetivas.
Em outro ponto, a arrecadação com PIS/Pasep e a Cofins chegou a R$ 36,53 bilhões em agosto – um aumento real de aproximados 6%.
O relatório completo da Receita Federal sobre a arrecadação pode ser acessado nesse link.