Home ECONOMIA Trigo opera em alta de 2% após compra de quase 700 mil toneladas da Turquia

Trigo opera em alta de 2% após compra de quase 700 mil toneladas da Turquia

Trigo também sobe com dúvidas sobre plantio nos Estados Unidos.

by Daiane
Trigo opera em alta de 2% após compra de quase 700 mil toneladas da Turquia

Recentemente, grandes quantidades de trigo foram adquiridas pela Turquia através de uma licitação internacional realizada pelo Conselho Estatal de Grãos da Turquia (TMO) na terça-feira, 28 de março, de acordo com informações de negociadores europeus. A licitação tinha como objetivo a aquisição de um total de 695.000 toneladas de trigo, cerca de 535.000 toneladas foram adquiridas provisoriamente na ocasião.

É importante destacar que as tonelagens adquiridas ainda estão sujeitas à confirmação final nos próximos dias, podendo ser reduzidas ou até mesmo canceladas. O trigo adquirido para moagem foi distribuído em diferentes portos turcos e armazéns na Turquia, em remessas variadas.

Fechamento do trigo anterior e atual

No fechamento anterior, o valor do contrato de 5.000 bushels de trigo era de 699 dólares. A abertura do pregão subsequente foi de 699,25 dólares, com variação diária oscilando entre 696,5 e 713,12 dólares. O tamanho do tick (menor variação possível) era de 0,0025, com valor de 12,5 dólares por tick.

O código base deste contrato é o ZW (W), com liquidação física e data prevista para 11 de maio de 2023. O ponto base é equivalente a 50 dólares e o último dia de rollover ocorreu em 25 de fevereiro de 2023. Nos últimos 52 semanas, o valor do contrato oscilou entre 654 e 1.284 dólares, com variação negativa de 33,98%.

Como o preço do trigo influencia a economia brasileira?

O trigo é um dos cereais mais importantes na alimentação humana, e sua produção é essencial para a economia de vários países. Os preços desse cereal no mercado internacional podem ter grande impacto na economia brasileira.

Primeiro, quando os preços internacionais sobem, o custo da importação desse cereal para o Brasil aumenta, levando a um aumento nos preços dos produtos derivados, como pães, massas e biscoitos. Consequentemente, há impactos na inflação, afetando diretamente o poder de compra da população.

Além disso, os preços afetam os custos de produção de empresas que utilizam esse cereal como matéria-prima, como as indústrias de panificação e de alimentos. Logo, impactam a competitividade dessas empresas no mercado, afetando sua capacidade de gerar empregos e contribuir para o crescimento econômico do país.

Histórico de exportação e importação de trigo no Brasil

A história do trigo no Brasil é relativamente recente. O cultivo do cereal ganhou espaço no país a partir da década de 1950, quando se intensificou a demanda por produtos derivados, como o pão, por exemplo.

A partir daí, o Brasil passou a importar trigo de países como Estados Unidos, Argentina e Canadá para atender à demanda interna. As importações foram crescendo ao longo dos anos, especialmente na década de 1980, quando o país enfrentou um período de escassez do cereal e teve que recorrer às importações para abastecer o mercado interno.

Em contrapartida, o Brasil também começou a exportar, principalmente para países da América do Sul, como Argentina, Paraguai e Uruguai. No entanto, as exportações sempre foram menores do que as importações, devido à maior demanda interna e à falta de competitividade do produto brasileiro em relação ao importado.

Atualmente, o Brasil continua a ser um grande importador, mas também vem aumentando suas exportações do cereal. Entre os principais destinos das exportações brasileiras estão países da América do Sul, África e Oriente Médio. A expectativa é de que o país continue a expandir sua produção nos próximos anos, reduzindo assim sua dependência das importações e aumentando ainda mais suas exportações.

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