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Teste histórico de energia das ondas mostra que oceano fornece energia renovável

Um teste australiano de inovação em energia limpa está terminando na costa de King Island, no Estreito de Bass.

by Daiane
Mar é fonte de energia renovável? Veja esse teste histórico de energia das ondas

Energia com o mar? Sim! A empresa Wave Swell Energy, com sede em Melbourne, expressou sua insatisfação com a falta de apoio político e financeiro da Austrália, após o bem-sucedido teste de energia das ondas na costa de King Island, no Estreito de Bass. O executivo-chefe, Paul Geason, afirmou que a tecnologia se tornará uma parte importante da futura produção global de eletricidade, e que a empresa compraria seus projetos no mercado internacional, já que o país não está pronto para investir em inovação em energia limpa.

Geason ressaltou que a Austrália poderia se tornar líder mundial na capacidade de fabricação desses conversores de energia das ondas, mas que existem outros mercados no mundo que estão mais avançados, e seria irresponsável da empresa não participar dessas oportunidades.

Assim, é provável que a falta de investimento na tecnologia de energia das ondas na Austrália faça com que o país perca a oportunidade de ser líder na inovação em energia limpa e de receber benefícios econômicos que poderiam surgir dessa indústria emergente.

No porto de Bell Bay, Tasmânia, a Wave Swell Energy ergueu, no final de 2020, um gerador de 1.000 toneladas, com o objetivo de aproveitar o poder implacável do Estreito de Bass perto de King Island, em um teste de inovação em energia limpa. A estrutura de duas partes, projetada como um tipo de respiradouro artificial, foi puxada por 40 horas para as águas perto de Grassy, na costa leste de King Island, onde começou a coletar eletricidade e alimentá-la na rede local.

Coluna de água oscilante e energia renovável pelo mar

Sua tecnologia de energia das ondas baseia-se no conceito de coluna de água oscilante (OWC), um espiráculo artificial que consiste em uma câmara aberta abaixo da linha d’água. À medida que as ondas passam, a água sobe e desce no interior, forçando o ar a passar por uma turbina no topo da câmara, gerando eletricidade.

O cabo submarino conectado ao sistema de distribuição de 11 quilovolts de King Island entregou a eletricidade da unidade à costa. O teste bem-sucedido durou um ano, representando a primeira vez na história australiana em que o caos e o poder do oceano geraram eletricidade para residências de maneira confiável.

Vários projetos fracassados se seguiram, incluindo um gerador de ondas que afundou e enferrujou por sete anos nas águas do sul da Austrália e um segundo gerador fabricado pela mesma empresa que afundou perto de Port Kembla, em NSW. O executivo-chefe da Wave Swell Energy, Paul Geason, afirmou que a falta de incentivo dos governos estadual e nacional significa que o país perderá a chance de se tornar o lar da tecnologia “líder mundial”, acrescentando que a empresa compraria seus projetos no mercado internacional.

Projeto de geração de energia das ondas chega ao fim

Esta semana, a unidade de energia das ondas que havia sido destinada para uma operação piloto limitada, foi desativada e deu início a uma complexa tarefa de flutuar a estrutura que havia ficado no fundo do mar por mais de dois anos e rebocá-la cerca de 2 quilômetros para a costa.

Geason, que liderou a equipe responsável pela unidade, disse que a tarefa de fazer a unidade flutuar foi bem-sucedida e que o próximo passo seria construir uma ponte de 30 metros até a unidade, onde uma equipe passaria os próximos três a quatro meses desmontando e reciclando todos os componentes.

A reciclagem incluiria a recuperação dos sistemas elétricos, enquanto os componentes de concreto seriam triturados e utilizados para reparos nas estradas pelo King Island Council. Embora a unidade tenha sido um sucesso em águas australianas, a empresa estaria de olho no mercado externo e que seria improvável que a tecnologia estivesse alimentando os lares australianos em um futuro próximo, devido ao cenário político. O próximo passo seria escalar a tecnologia, colocando mais unidades e unidades maiores na água.

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