Combatentes do crime na Suíça e no Brasil se comprometeram a intensificar a cooperação para resolver o amplo caso de corrupção ligado à Petrobras, no qual cerca de 700 milhões de francos suíços (US $ 701 milhões) permanecem congelados na Suíça.
A Suíça já devolveu cerca de 365 milhões de francos suíços (US $ 365,6 milhões) ao Brasil relacionados à Petrobras e à construtora Odebrecht, informou o Escritório da Procuradoria Geral da Suíça (OAG) nesta terça-feira, incluindo 9 milhões de francos suíços em março.
Cerca de 70 processos criminais estão em andamento na Suíça, dois dos quais investigam grupos financeiros suíços, disse o OAG depois que o procurador-geral da Suíça, Michael Lauber, e a Procuradoria Geral do Brasil, Raquel Dodge, se encontraram em Brasília na segunda-feira.
“As duas partes assinaram uma declaração conjunta reafirmando seu compromisso de continuar e intensificar sua cooperação”, disse o OAG em um comunicado.
Mais de 130 empresários e políticos foram condenados no Brasil pelo caso, com foco em subornos políticos e lavagem de dinheiro na Petrobras e na Odebrecht. O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva está cumprindo uma sentença de 12 anos de prisão.
Cerca de 15 processos criminais abertos na Suíça foram repassados às autoridades brasileiras. A sonda também conquistou os principais traders globais de commodities baseados na Suíça. Os suíços estão ajudando os promotores brasileiros a investigar supostos vínculos de suborno e corrupção com Vitol, Trafigura e Glencore.
