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Queda na demanda de energia e gás na União Europeia minimiza possível crise energética

A queda na demanda de energia na Europa, decorrente de ações políticas e de condições climáticas, minimiza uma possível crise. Saiba mais!

by Veronica Stivanim
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Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), houve uma queda de demanda de energia elétrica por parte da União Europeia. Os dados oficiais destacam que essa queda foi de 3,5% no ano de 2022. Fatores como o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e os gargalos na cadeia de abastecimento podem ter impactado essa alteração.

Queda na demanda de energia e gás na União Europeia minimiza possível crise energética

Segundo informa a Agência Internacional de Energia (AIE) alguns fatores podem impactar a diminuição da demanda europeia por energia elétrica, sendo que a temperatura amena durante o inverno também tem contribuído para a diminuição do consumo na indústria.

De acordo com a análise oficial, o clima impacta diretamente a cadeia de fornecimento elétrica no mundo todo, já que essa demanda está oscilando por conta de fatores climáticos, dentre outros fatores econômicos. A análise oficial destaca a necessidade de aceleração da descarbonização e a aceleração da transição energética, considerando a viabilidade de energia renovável para a matriz energética europeia (e global). 

Além disso, a AIE também destaca que no ano de 2022 as condições climáticas atípicas modificaram o fluxo de oferta e demanda energética, o que inclui as ondas de calor na China e na Índia e a seca europeia.

Investimentos

Por conta da oscilação dos fatores climáticos, é necessário flexibilizar os sistemas de energia elétrica em todo o mundo para garantir o abastecimento a todos. Assim sendo, o clima ameno na Europa tem sido primordial para garantir o abastecimento dentro do cenário econômico atual.

As favoráveis condições climáticas ajudam a manutenção do preço do gás na Europa, já que a demanda aumentaria muito em uma situação de termômetros abaixo de zero. Além da demanda energética ser menor do que o projetado, a demanda por gás residencial e também nos escritórios, foi mais baixa do que o esperado. Dessa forma, a baixa demanda acabou impactando o preço do combustível para níveis anteriores ao início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia. 

Ações tomadas em 2022

No ano de 2022, a situação energética da Europa foi bastante delicada e algumas medidas foram necessárias na ocasião. Em setembro de 2022, o governo britânico, por exemplo, diminuiu o valor da energia elétrica e do gás natural repassado às indústrias, subsidiando 150 bilhões de libras para os próximos dois anos. Já a Alemanha evitou a falência da Unipar ao nacionalizá-la, visto que essa é a maior importadora de gás do país. 

Além das ações políticas para minimizar os efeitos da crise energética que acometeu a União Europeia em 2022, o investimento em energia renovável tem um papel importante neste cenário. Sendo assim, no ano de 2022 foi decidido que a União Europeia irá inserir energias renováveis na sua matriz elétrica até o ano de 2030. Dessa forma, 45% de sua cadeia de produção energética será renovável.

Crise energética ou de combustíveis?

Na ocasião, em 2022, os representantes europeus destacaram que a crise não se tratava de uma crise energética, e sim uma crise dos combustíveis fósseis, que estava ocorrendo por conta da invasão da Rússia à Ucrânia. No entanto, especialistas ao redor do mundo discordam parcialmente desta afirmação, visto que o conflito geopolítico impacta diretamente a cadeia de abastecimento energético, contudo, não minimiza a crise Europeia.

Independentemente do nome dado à crise, as ações tomadas na devida ocasião têm surtido efeito, ao passo que o clima ameno também tem ajudado a Europa a se recuperar dentro de um cenário instável, no qual o mundo se encontra mediante o abastecimento de combustíveis fósseis.

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