Home ENERGIA Projeto de hidrogênio verde recebe aporte milionário com parceria da Uece, Irede e Nutec!

Projeto de hidrogênio verde recebe aporte milionário com parceria da Uece, Irede e Nutec!

O projeto tem como objetivo central a produção de hidrogênio verde a partir da biomassa de espécies nativas e adaptadas da Caatinga.

by Marcelo Santos
Projeto de hidrogênio verde recebe aporte milionário com parceria da Uece, Irede e Nutec!

A Universidade Estadual do Ceará (Uece), em parceria com o Instituto de Gestão, Redes Tecnológicas e Energias (Irede) e o Núcleo de Tecnologia e Qualidade Industrial do Ceará (Nutec), comemora a aprovação e o financiamento de R$ 1 milhão para a execução do projeto de pesquisa de hidrogênio verde intitulado “Geração de Hidrogênio Renovável a partir de Espécies Nativas e Adaptadas”. O financiamento foi concedido pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB) por meio do edital FUNDECI 01/2023 — Energias Renováveis, Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.

Produção de hidrogênio verde a partir da biomassa de espécies nativas e adaptadas da Caatinga

O projeto tem como objetivo central a produção de hidrogênio verde a partir da biomassa de espécies nativas e adaptadas da Caatinga. Esta iniciativa busca fornecer uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis, alinhando-se com os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU.

Natasha Batista, pesquisadora do Irede e mestre em Ciências Físicas Aplicadas pela Uece, explica: “A ideia é otimizar métodos como a reforma a vapor do etanol e a biodigestão anaeróbia para gerar hidrogênio de baixo carbono de maneira mais eficiente.”

Impacto social e econômico positivo na região semiárida

Lais Monique do Ó, também pesquisadora do projeto e especialista em fisiologia e bioquímica de espécies do semiárido, destaca uma das espécies a ser utilizada como biomassa na produção de energia renovável: “A palma forrageira, além de ser utilizada como alimento animal no semiárido, será um recurso fundamental na transição energética mais sustentável e para geração de um combustível de alto valor, que é o hidrogênio verde.”

Além dos benefícios ambientais, o projeto também visa causar um impacto social e econômico positivo na região semiárida. Keivia Lino Chagas, especialista em sustentabilidade, destaca: “O projeto foca em benefícios socioeconômicos para a região semiárida, como a criação de empregos e a melhoria da qualidade de vida, promovendo a sustentabilidade ambiental e avanços socioeconômicos.”

A importância do novo projeto de hidrogênio verde para o interior do Ceará

O coordenador adjunto do projeto e coordenador do Laboratório de Energias Renováveis (LER/Uece), professor Lutero Carmo de Lima, enfatiza a importância deste projeto: “O hidrogênio aqui do Ceará, um dos polos de produção de hidrogênio verde mais importantes do mundo, está mais envolvido com a área do litoral, onde tem porto de exportação, energia solar e energia eólica em abundância. No entanto, esse projeto que visa mais o interior do Ceará, atende principalmente os interesses de outras regiões do Brasil e de outros países.”

No caso deste projeto, que visa a utilização da Caatinga, o interior também poderá ser contemplado. O processamento químico e tecnológico das plantas nativas resultará na industrialização e geração de empregos, promovendo o desenvolvimento da capacidade humana e impactando positivamente o semiárido.

Um projeto fundamental para um futuro mais promissor e verde

O projeto é coordenado pela pesquisadora Rosa Ferreira Araújo Abreu, do Nutec, e conta com o também pesquisador do Núcleo, Ari Clecius de Lima, além do apoio do professor da Universidade Federal do Ceará, Ronaldo Stefanutti.

Com essa iniciativa inovadora, a pesquisa da Uece, Irede e Nutec está preparada para abrir novos horizontes na produção de hidrogênio verde a partir da biomassa da Caatinga, contribuindo não apenas para a sustentabilidade ambiental, mas também para o progresso social e econômico da região semiárida e do Brasil como um todo. A busca por alternativas mais limpas e sustentáveis está cada vez mais forte, e projetos como esse são fundamentais para um futuro mais promissor e verde.

Veja também