Os preços do petróleo caíram na segunda-feira depois que a China registrou o menor crescimento econômico trimestral em 27 anos, o que aumentou as preocupações sobre a demanda do maior importador mundial de petróleo.
Os contratos de petróleo Brent (LCOc1) para setembro caíram 15 centavos, ou 0,2%, para US $ 66,57 por barril, até 0611 GMT, enquanto o barril dos EUA (CLc1) para agosto caiu 24 centavos, ou 0,4 % para $ 59,97 o barril. Ambos os contratos na semana passada mostraram o maior aumento nas últimas três semanas: um declínio na produção de petróleo dos EUA e tensões diplomáticas no Oriente Médio.
Refinarias a caminho de uma tempestade tropical Barry continuou a operar apesar da ameaça de enchentes, enquanto a tempestade reduziu a produção de petróleo no Golfo do México em 73%, ou 1,38 milhão de barris por dia.
“Do lado da oferta, os preços permanecem estáveis”, disse Michael McCarthy, estrategista-chefe de mercado da CMC Markets, em Sydney.
O crescimento econômico da China desacelerou para 6,2% no segundo trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, em linha com as expectativas dos analistas, enquanto a demanda interna e externa flutuam devido à violenta guerra comercial sino-americana.
No entanto, a produção industrial e as vendas no varejo na China superaram as previsões, “sugerindo que a economia na China é mais saudável do que se costumava praticar”, disse McCarthy.
Dados oficiais mostraram que a produção de petróleo bruto da China subiu para um recorde de 13,07 milhões de barris por dia em junho, um aumento de 7,7% em relação ao ano anterior, após o lançamento de duas novas e grandes refinarias. segunda-feira
Analistas da ANZ dizem que as importações chinesas de petróleo neste ano ainda parecem impressionantes, embora em junho as importações caíram pelo segundo mês consecutivo.
“Acreditamos que a cota adicional de petróleo bruto (fornecida) por uma refinaria privada deve apoiar o otimismo das importações no segundo semestre de 2019”, disse o banco.
No Oriente Médio, o presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse no domingo em discurso televisionado que o Irã está pronto para manter conversações com os Estados Unidos se Washington suspender sanções e retornar ao acordo nuclear de 2015, que foi suspenso no ano passado.
Enquanto isso, a Grã-Bretanha se ofereceu para promover a liberação do petroleiro iraniano Gracia 1, se Teerã garantir que não irá para a Síria.
“A situação no Irã também está no centro das atenções. Não faz manchetes, mas tem o potencial de movimentar mercados ”, disse McCarthy, da CMC Markets.
