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Praças e ruas do ES ganham destaque com projeto de “árvore solar” capaz de transformar energia solar em elétrica

A ideia por trás da árvore solar é criar um sistema de geração de energia que se diferencia das tradicionais instalações em telhados ou em solo.

by Marcelo Santos
Praças e ruas do ES ganham destaque com projeto de “árvore solar” capaz de transformar energia solar em elétrica

Em um esforço conjunto entre o Centro de Pesquisa Inovação e Desenvolvimento do Espírito Santo (CPID) e o Laboratório de Telecomunicações da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), um projeto inovador está tomando forma: Uma árvore solar que não apenas agregam beleza aos espaços públicos, mas também geram energia elétrica sustentável a partir da luz do sol.

Conheça a árvore solar

A ideia por trás da árvore solar é criar um sistema de geração de energia solar que se diferencia das tradicionais instalações em telhados ou em solo. Em vez disso, as árvores solares imitam a estrutura de árvores naturais, permitindo uma produção eficiente de energia mesmo em espaços limitados.

Cada árvore solar possui uma altura de seis metros e está equipada com 21 placas solares. O que torna essa inovação ainda mais notável é o fato de que essas árvores têm o potencial de gerar três vezes mais energia elétrica por metro quadrado do que os sistemas convencionais.

Marcelo Segatto, coordenador do LabTel e professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Ufes, destaca que a eficiência da árvore solar reside na capacidade de dispor várias placas solares em uma área compacta. Ele enfatiza que o objetivo principal é educar e conscientizar as pessoas sobre o uso racional da energia e a importância das fontes de energia renovável.

Onde as árvores solares serão implementadas?

As primeiras árvores solares desse projeto inovador serão instaladas em locais estratégicos no Espírito Santo. O Parque Cultural — Casa do Governador, em Vila Velha, será um dos beneficiários dessa tecnologia sustentável. Duas escolas técnicas da rede estadual também receberão as árvores solares: a CEET Vasco Coutinho, em Vila Velha, e CEET Talmo Luiz Silva, em João Neiva. A expectativa é que as instalações estejam concluídas até o ano de 2024.

Contribuindo para cidades inteligentes e o meio ambiente

Relatórios produzidos pelo CPID e LabTel destacam a importância de fornecer alternativas sustentáveis para a produção de energia elétrica. Essa abordagem não apenas incentiva o desenvolvimento de cidades inteligentes no estado, mas também está alinhada com as preocupações ambientais globais relacionadas às mudanças climáticas.

A adoção da árvore solar representa um passo significativo para mudar o perfil energético do Brasil. Além disso, estimula a população a se envolver e interagir com a tecnologia, alinhando-se com os objetivos do estudo.

A estrutura da árvore solar

Lohane Palaoro, pesquisadora do Laboratório de Gestão de Energias Renováveis do CPID e estudante de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Ufes, explica que a disposição das placas solares na árvore solar é inspirada na natureza. As árvores e plantas conseguem organizar suas folhas para evitar sombreamento, e esse padrão é frequentemente associado à Sequência de Fibonacci.

A Sequência de Fibonacci é uma série matemática em que cada termo seguinte é a soma dos dois anteriores: 0,1,1,2,3,5,8,13 e assim por diante. Esse padrão matemático contribui para a eficiência energética do projeto, garantindo um melhor aproveitamento da luz solar.

Apoio institucional

A pesquisa por trás desse projeto revolucionário recebe apoio da Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Espírito Santo (Fapes), demonstrando a relevância e o potencial de impacto dessa iniciativa.

À medida que as árvores solares se tornam uma realidade no Espírito Santo, elas representam um passo significativo em direção a um futuro mais sustentável e energeticamente eficiente. Essa inovação não apenas beneficia o meio ambiente, mas também educa e envolve a comunidade local na transição para fontes de energia mais limpas e renováveis.

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