No dia 22 de junho, a Petrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmaram um importante acordo de cooperação técnica com o objetivo de promover a transição energética, impulsionar pesquisas, desenvolvimento científico e reindustrialização no país. Essa parceria estratégica marca um passo significativo em direção a um futuro mais sustentável e alinhado às necessidades do planeta. Neste artigo, exploraremos os detalhes desse acordo e o impacto que ele pode ter na indústria energética brasileira.
Petrobras e BNDES se unem para fortalecer a transição energética no Brasil
A Petrobras, como uma das maiores empresas de energia do Brasil, desempenha um papel fundamental na transição para um modelo energético mais limpo e renovável. O BNDES, por sua vez, é uma instituição financeira de grande relevância no país, com ampla experiência em financiamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento econômico. A união dessas duas instituições traz consigo um potencial enorme para impulsionar a transição energética e catalisar o desenvolvimento de tecnologias inovadoras e sustentáveis.
Sobre o acordo, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, elaborou a seguinte afirmação: “nós temos pouco mais de 7% das ações da Petrobras, algo em torno de R$ 24 bilhões. Essa empresa é tão importante para o BNDES que, em um ano e três meses, recebemos praticamente o capital que temos investido: R$ 20,5 bilhões de dividendos. Mas queremos financiar a transição energética da Petrobras, mais do que receber dividendos. Nós temos uma portaria do Banco Central que estabelece limites. Estamos discutindo com o Ministério da Fazenda e a Casa Civil para alterar algumas regras e permitir que a gente possa estar mais presente nesse financiamento”.
Objetivos e grupos de trabalho temáticos
Para atingir os objetivos propostos, foi estabelecida uma comissão mista, que se reunirá a cada dois meses para traçar estratégias e acompanhar o progresso das ações. Essa comissão é composta por representantes da Petrobras, do BNDES e de outros especialistas do setor. Além disso, foram criados quatro grupos de trabalho temáticos, cada um com um foco específico:
Subcomissão de Planejamento e Estudos: Esta subcomissão terá como objetivo incentivar a pesquisa científica e os estudos estratégicos relacionados à transição energética. O avanço nesse campo é essencial para identificar as melhores práticas e direcionar os investimentos de forma eficiente, visando a um futuro energético mais sustentável.
Subcomissão de Desenvolvimento Produtivo e Inovação: O fortalecimento da cadeia de fornecedores do segmento de óleo e gás é o principal objetivo desta subcomissão. Ao apoiar e incentivar a inovação nesse setor, será possível impulsionar a produção nacional, gerar empregos e alavancar o desenvolvimento econômico do país.
Subcomissão de Transição Energética e Descarbonização: Esta subcomissão tem como foco principal o fortalecimento de áreas estratégicas, como biorrefino, biofertilizantes, biodiesel e biogás. Investir em energias renováveis e formas mais limpas de produção de combustíveis é essencial para reduzir as emissões de carbono e mitigar os impactos das mudanças climáticas.
Subcomissão de Governança: Ações de governança, integridade e transparência no setor energético serão priorizadas por esta subcomissão.
Para Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, esse acordo será benéfico para o futuro. Segundo ele, é um “desafio de ser produtor de uma coisa que está condenada a desaparecer, mas que você continua tendo que produzir, com investimentos muito grandes, inclusive para refinar. Tudo isso em meio a um processo que você precisa olhar para daqui a 30 ou 40 anos, e esses produtos não estarão mais lá. E a minha função é exterminar essa necessidade”.