Home ÓLEO E GÁS Petrobras anuncia investimento bilionário para renovar sua frota de navios

Petrobras anuncia investimento bilionário para renovar sua frota de navios

A Petrobras prevê a contratação de 200 embarcações de apoio tanto para substituir os contratos vigentes quanto para incrementar sua frota.

by Andriely Medeiros
A Petrobras prevê a contratação de 200 embarcações de apoio tanto para substituir os contratos vigentes quanto para incrementar sua frota.

A Petrobras, gigante do setor petrolífero brasileiro, está planejando seus próximos passos no cenário offshore, com novos investimentos em unidades de produção. A expectativa é que a empresa coloque em atividade mais seis navios-plataformas (FPSOs) entre os anos de 2024 e 2025, além de preparar uma nova licitação para contratar dez barcos de apoio do tipo OSRV (Oil Spill Response Vessel), utilizados para recuperação de derramamentos de óleo no mar.

Petrobras planeja ampliar frota com 200 novas unidades até 2028

A Petrobras prevê a contratação de 200 embarcações de apoio no período de 2024 a 2028, tanto para substituir os contratos vigentes quanto para incrementar sua frota. Estratégias de contratação estão sendo cuidadosamente estudadas para suprir a demanda da Petrobras, com a empresa mantendo contato direto com o mercado fornecedor.

A previsão é que sejam adicionados 14 novos navios-plataformas, em diferentes etapas de construção, para fortalecer suas operações offshore. Dentre essas incorporações, seis serão novos navios-plataformas do tipo FPSO (Floating Production Storage and Offloading), fundamental para as atividades de exploração e produção de petróleo e gás. Esses projetos serão implementados pela Petrobras e contribuirão para aquecer a demanda da indústria offshore nacional.

Investimentos de bilhões impulsionam a indústria marítima brasileira

De acordo com o Plano Estratégico 2024-2028+ da Petrobras, o investimento em todas as suas atividades será de US$ 102 bilhões. Em 2024, a Petrobras tem planos de instalar o FPSO Marechal Duque de Caxias no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos, com previsão de iniciar a operação até o final do ano, com capacidade de extrair 180 mil barris por dia em seu pico.

No ano seguinte, em 2025, está prevista a estreia do FPSO Maria Quitéria, em Jubarte, na Bacia de Campos. O FPSO, que saiu da China, será interligado a 17 poços e terá capacidade de processamento de 100 mil barris de óleo e 5 milhões de metros cúbicos de gás por dia.

O navio-plataforma Maria Quitéria promete trazer avançadas tecnologias para contribuir com a descarbonização. Uma das inovações mais destacadas é o uso do ciclo combinado na geração de energia, uma abordagem que permite uma redução de aproximadamente 20% nas emissões de CO₂.

Petrobras anuncia estratégia para elevar extração de petróleo até 2025

Também em 2025, ocorrerá a entrada em operação dos FPSOs Almirante Tamandaré e P-78, ambos no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. Os FPSOs terão capacidade para produzir 225 mil barris por dia e 180 mil barris por dia, respectivamente. Além disso, está prevista a operação do FPSO Alexandre de Gusmão, no campo de Mero, com capacidade de 180 mil barris por dia.

Das seis novas contratações de FPSOs, quatro estão relacionadas ao afretamento, ou seja, ao aluguel, de plataformas, enquanto duas serão unidades próprias da Petrobras, com demandas para a construção de módulos no Brasil.

Os navios-plataforma de produção, após encerrarem seu ciclo produtivo, passam por uma atividade conhecida como descomissionamento. Esse processo envolve a desativação segura das instalações offshore e a reciclagem sustentável de seus materiais. Além de contribuir para a preservação ambiental, o descomissionamento também gera demanda para a indústria nacional.

Projetos para movimentar o setor offshore

A Petrobras já lançou edital para a construção de novos barcos, com a contratação de 12 embarcações de apoio do tipo PSV (Platform Supply Vessel), e está na expectativa de iniciar o processo licitatório para a contratação de mais dez barcos do tipo OSRV.

A estatal espera uma estabilidade na produção entre os anos de 2024 e 2025, com crescimento a partir de 2026. Apesar da queda verificada no primeiro trimestre de 2024, a produção de óleo bruto está alinhada com o Plano Estratégico. O resultado do primeiro trimestre também está levando em consideração a retomada da refinaria, atualmente controlada pela Acelen, do fundo árabe Mubadala.

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