Minas Gerais celebrou na última quarta-feira, 27, a inauguração do Centro de Hidrogênio Verde em parceria com o governo alemão, um marco na busca por soluções sustentáveis na indústria. Com investimento de R$ 25 milhões, o centro promete revolucionar setores de difícil descarbonização, como a siderurgia, através da pesquisa e produção de hidrogênio verde. O centro, alimentado por energia solar, também desempenhará um papel crucial na educação e pesquisa, oferecendo disciplinas sobre hidrogênio verde para estudantes e contribuindo para o desenvolvimento econômico do Brasil.
Parceria entre o governo alemão e Minas Gerais gerará frutos na indústria brasileira
Minas Gerais está avançando na vanguarda da inovação ambiental com a inauguração do Centro de Hidrogênio Verde. Este marco importante, fruto de uma parceria estratégica entre a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ) e a renomada Universidade Federal de Itajubá (Unifei), promete revolucionar a indústria no estado. O centro, situado na cidade de Itajubá, recebeu um substancial investimento de cerca de R$ 25 milhões do governo alemão.
Essa colaboração financeira permitirá a realização de experimentos inovadores no campo do hidrogênio verde e seu potencial uso em processos industriais. A grande promessa do hidrogênio verde reside em sua capacidade de revolucionar setores industriais difíceis de descarbonizar, como a siderurgia. Em nível global, a siderurgia é responsável por aproximadamente 7% das emissões de CO2 relacionadas à produção e ao uso de energia, conforme dados da Agência Internacional de Energia (IEA).
O Centro de Hidrogênio Verde não é apenas um centro de pesquisa, mas também um local de produção. Na segunda fase do projeto, programada para 2024, o centro planeja inaugurar uma unidade com capacidade produtiva de 60Nm³/h de hidrogênio verde. Além disso, uma estação de abastecimento de veículos que utiliza um dispositivo de eletrolisador de 300 kW será instalada, juntamente com tanques de armazenamento e uma célula de combustível.
Outra característica notável do centro localizado em Minas Gerais é sua independência energética. Alimentado exclusivamente por painéis fotovoltaicos, o local é um exemplo de como a energia renovável pode impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias ambientalmente responsáveis.
Além de suas instalações de ponta, o Centro de Hidrogênio Verde também desempenhará um papel fundamental na educação e pesquisa. Está previsto incluir em seus programas de ensino disciplinas que se concentrem no hidrogênio verde, beneficiando estudantes de graduação, pós-graduação e especialização.
Governo brasileiro comemora novo Centro de Hidrogênio Verde inaugurado em parceria com o governo alemão
O evento de inauguração do centro tecnológico contou com a presença do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Durante o evento, Silveira destacou o Programa Nacional do Hidrogênio como uma estratégia crucial para promover o uso do hidrogênio de baixo carbono no Brasil.
O Ministro enfatizou o compromisso do governo brasileiro com o hidrogênio verde, afirmando que já foram anunciados cerca de 30 bilhões de dólares em projetos relacionados a essa fonte de energia limpa no país. Ele ressaltou que esses investimentos têm o potencial de impulsionar o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Além dos investimentos significativos, o Ministério de Minas e Energia está avaliando a criação de um marco legal para o hidrogênio verde. Esse marco legal-regulatório nacional, elaborado em colaboração com outros ministérios, visa fornecer um quadro claro e estável para o desenvolvimento dessa fonte de energia inovadora no Brasil.
Enquanto isso não acontece, com o apoio do governo alemão, a parceria entre a GIZ e a Unifei está conduzindo a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias que podem não apenas transformar a indústria, mas também contribuir significativamente para a redução das emissões de carbono, alinhando o país com os objetivos globais de combate às mudanças climáticas.
