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Brasil, líder mundial na exportação de celulose, atrai investimentos emergindo como um destino-chave para novas fábricas

Investimentos bilionários e inauguração de novas fábricas fomentam a indústria de celulose no estado de Mato Grosso do Sul.

by Marcelo Santos
Brasil, líder mundial na exportação de celulose, atrai investimentos emergindo como um destino-chave para novas fábricas

O Brasil, conhecido por sua vasta riqueza natural, tem se destacado como líder mundial na exportação de celulose. Esse setor em expansão está atraindo investimentos massivos, com o estado de Mato Grosso do Sul emergindo como um destino para a construção de novas fábricas. Com a previsão de um aporte de aproximadamente R$ 50 bilhões, o estado se prepara para uma transformação industrial, almejando o título de “Vale da Celulose”.

O potencial de Mato Grosso do Sul como polo de celulose

Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do estado, vislumbra o Mato Grosso do Sul como um futuro “Vale da Celulose”. Isso ocorre à medida que a região recebe investimentos maciços, com previsão de aproximadamente R$ 50 bilhões já em andamento ou planejados, fomentando não apenas a economia do estado, mas também transformando a indústria da celulose.

A projeção se baseia na área atualmente dedicada ao plantio de florestas no estado, que já totaliza 1,5 milhão de hectares. No entanto, com os investimentos anunciados, essa área está programada para expandir para 2 milhões de hectares, com a possibilidade de aumentar em mais 1 milhão de hectares. Isso sinaliza um potencial para dobrar a área atualmente cultivada.

O segundo maior produtor brasileiro e líder em exportações

Atualmente, Mato Grosso do Sul é o segundo maior produtor de celulose no Brasil, ficando apenas ligeiramente atrás da Bahia. No entanto, o estado lidera as exportações nacionais desse valioso produto. Com três linhas industriais em operação, incluindo duas da Suzano em Três Lagoas e uma da Eldorado no mesmo município, Mato Grosso do Sul já possui uma capacidade instalada para processar anualmente 5 milhões de toneladas de celulose, o que o coloca entre os maiores produtores do mundo.

De fato, se Mato Grosso do Sul fosse um país, ocuparia a posição de 11º maior produtor de celulose globalmente, conforme a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Novas fábricas e o caminho para a liderança global

Um dos projetos que irá alavancar a produção de celulose no estado é a construção de novas fábricas, uma delas é a planta da Suzano em Ribas do Rio Pardo, com um investimento total de R$ 22 bilhões. Essa fábrica, prevista para iniciar suas operações no próximo ano, conseguirá produzir impressionantes 2,55 milhões de toneladas de celulose. Esse empreendimento promete ter um impacto econômico substancial, especialmente para os pequenos municípios da região.

A nova fábrica da Suzano deve entrar em operação em 2024, o que elevará a capacidade de produção de celulose em Mato Grosso do Sul para 7,5 milhões de toneladas anualmente. Isso superará as 5,5 milhões de toneladas da Bahia, atual líder nacional.

Futuro da indústria da celulose em Mato Grosso do Sul

Olhando ainda mais adiante, em 2028, está programado o início das atividades da primeira fábrica da multinacional chilena Arauco, com capacidade para produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose. Essa indústria será implantada em Inocência, a 330 quilômetros de Campo Grande. Com essas duas novas fábricas em andamento, Mato Grosso do Sul está prestes a mais que duplicar sua produção, alcançando a impressionante marca de 10 milhões de toneladas.

Esse processo já começou a render apelidos informais para a região, como o “estado da celulose” e a área leste do estado, onde as indústrias estão concentradas, como o “Vale da Celulose”, em uma alusão ao famoso polo de tecnologia “Vale do Silício” na Califórnia, Estados Unidos. Tudo isso ocorre de maneira sustentável, com a produção certificada e medidas sendo implementadas pelas empresas e pelo governo para mitigar os impactos das megafábricas.

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