O Brasil é um dos signatários da ‘Aliança Global de Biocombustíveis’ (Global Biofuels Alliance). O anúncio oficial ocorreu na última semana em reunião do bloco econômico G20, em Nova Délhi, capital da Índia. Entre outros pontos, o acordo prevê a cooperação e o desenvolvimento de novas matrizes renováveis.
A Aliança Global de Combustíveis é composta por outros 18 países e doze organizações internacionais. Além do Brasil, a lista de integrantes do grupo é composta pelos Estados Unidos e Índia. Juntas, as três nações correspondem a mais de 80% do consumo e produção mundial de etanol.
Outra meta da Aliança é que, até 2030, a produção global de biocombustíveis seja triplicada. Com isso, seria possível chegar a emissões líquidas zero em 2050.
O tratado faz parte de uma ação ambiciosa do governo indiano em adotar os biocombustíveis no abastecimento dos carros montados no país. Houve ainda uma parceria entre Brasil e Índia na troca de conhecimentos acadêmicos e tecnologias para a elaboração deste plano, afirma uma nota do governo brasileiro.
Segundo o posicionamento do Planalto, “o uso de biocombustíveis na aviação e na navegação, para reduzir as emissões dos respectivos setores, aumentará ainda mais o consumo mundial e a necessidade de ampliação do número de fornecedores”, acrescenta a nota.
Em outro comunicado, o governo norte-americano afirma que a transição para energias renováveis é uma das principais prioridades da administração do presidente Joe Biden, e destacou que a Aliança é uma parceria inovadora em prol do combate às mudanças climáticas.
Representatividade do Brasil
De acordo com dados recentes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, o Brasil, até julho deste ano, foi o produtor de mais de 16,5 milhões de metros cúbicos de etanol. No comparativo mês a mês com o mesmo período de 2022, há um notável crescimento – variável entre 8 a 49%.
Ao tomar como referência o número de barris obtidos, este valor supera os 30 milhões de unidades.