O Estaleiro Rio Grande, localizado no estado do Rio Grande do Sul, concluiu com sucesso a manutenção completa do navio-sonda ODN I, pertencente à empresa Foresea. A embarcação, com impressionantes 240 metros de comprimento, passou por mais de dois meses de intensos trabalhos de manutenção e modernização em dique seco, marcando um marco significativo para a indústria naval brasileira.
Embarcação ODN I da Foresea passa por manutenção pioneira em dique seco, mobilizando mais de 600 trabalhadores
A operação, que envolveu mais de 600 trabalhadores altamente especializados, abrangeu uma série de tarefas essenciais. Desde a limpeza minuciosa até a pintura precisa, passando pela modernização de sistemas e reparos de tubulações, cada detalhe foi meticulosamente cuidado para garantir que a embarcação atinja os mais altos padrões de qualidade e segurança.
Heitor Gioppo, diretor de operações da Foresea, expressou sua satisfação com o resultado da manutenção. “A manutenção da ODN I em dique seco no Estaleiro Rio Grande foi a primeira de uma sonda dessa classe (elevada arqueação) de que se tem notícia no Brasil. Temos muito orgulho do trabalho complexo e planejado que fizemos ao longo dos últimos meses”, disse Gioppo.
A colaboração entre a Foresea e o Estaleiro Rio Grande não foi sem seus desafios. Um plano meticuloso de docagem, envolvendo a criação de um berço específico para a embarcação, foi desenvolvido para garantir o sucesso da operação. Ricardo Ávila, diretor operacional da Ecovix, empresa proprietária do estaleiro, destacou: “Foi um trabalho inédito, tanto para o cliente quanto para o estaleiro. O nosso maior desafio foi a obtenção de uma mão de obra mais técnica para atuar por um curto espaço de tempo. Nos preparamos por três meses para os serviços e o resultado foi bastante positivo.”
Com a manutenção concluída, o navio-sonda ODN I iniciou sua jornada em direção ao Rio de Janeiro, onde permanecerá por mais um mês para a conclusão dos últimos procedimentos de revisão. Durante esse período, serão reinstalados os thrusters, componentes cruciais de propulsão da embarcação, e embarcados os equipamentos e materiais necessários para o início de suas operações.
Tecnologia de ponta e excelência operacional da Foresea posicionam a ODN I para atender a desafios em campos offshore
O navio está prestes a cumprir um novo contrato com a Petrobras, líder no setor de energia no Brasil. Gioppo reiterou a confiança da Foresea no sucesso dessa empreitada: “Estamos prontos para seguir em novo contrato, com o reconhecido padrão Foresea de excelência operacional e segurança, que são os maiores valores da empresa.”
A ODN I se destaca como uma das cinco sondas de perfuração offshore próprias da Foresea. Com uma rica história de atuação nos campos de águas profundas e ultra-profundas do Brasil ao longo dos últimos 10 anos, a embarcação possui capacidades impressionantes.
Equipada com um sistema de posicionamento dinâmico DP-3 e a avançada tecnologia de perfuração com pressão MPD, a ODN I pode operar em lâmina d’água de até 3.048 metros, perfurando poços de alta complexidade com precisão em profundidades de até 12.195 metros.
A conclusão bem-sucedida desta manutenção representa um marco na capacidade da indústria naval brasileira em realizar operações de alto nível, consolidando o Estaleiro Rio Grande como uma referência na área. Com a embarcação agora preparada para enfrentar novos desafios, a parceria entre a Foresea e o estaleiro promete continuar gerando conquistas notáveis no cenário naval nacional e internacional.
Conheça o Estaleiro Rio Grande
O Estaleiro Rio Grande é uma empresa brasileira que atua na construção e reparo de embarcações, principalmente voltadas para a indústria naval e offshore. Localizado na cidade de Rio Grande, no estado do Rio Grande do Sul, o estaleiro é uma das importantes instalações no setor naval do país.
O estaleiro é conhecido por sua capacidade de construir e reparar diferentes tipos de navios, incluindo plataformas de petróleo, navios de carga, navios-tanque, navios de apoio offshore e outros tipos de embarcações utilizadas na exploração de recursos marinhos e na indústria de energia.
