O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso marcante na última sexta-feira (01) durante a Cúpula do Clima (COP-28), onde destacou a necessidade de reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e acelerar a descarbonização da economia. Este discurso aconteceu em um momento crucial, quando o Brasil recebeu o convite para integrar a Opep+ — um grupo que reúne 23 nações, incluindo membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados como Rússia, México e Malásia.
No palco da conferência das Nações Unidas, o presidente Lula não poupou críticas ao descumprimento de acordos climáticos globais e aos gastos excessivos com conflitos armados, ao mesmo tempo que reiterou a necessidade de ajuda financeira por parte dos países mais ricos. Em suas palavras: “O mundo já está convencido do potencial das energias renováveis, e é hora de enfrentar o debate sobre o ritmo lento da descarbonização do planeta e trabalhar por uma economia menos dependente de combustíveis fósseis.”
Lula também destacou a redução do desmatamento na Amazônia, com uma queda de 22% em um ano, e reafirmou a meta de zerar a devastação do bioma até 2030. No entanto, muitos ambientalistas e membros do setor produtivo defendem a antecipação dessa meta, considerando-a “inaceitável” para 2030.
Além de seu compromisso com a agenda climática, a posição do presidente sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial do Amazonas tem gerado controvérsias tanto dentro quanto fora do governo. Enquanto a área ambiental se mostra resistente a conceder licenças para pesquisa de petróleo na região, o Ministério de Minas e Energia defende tal estudo com o objetivo de extrair esse recurso. O presidente, por sua vez, tem minimizado a controvérsia em declarações recentes.
Lula não apenas concentrou seus discursos na questão ambiental, mas também criticou os gastos com arsenais de guerra, demandando mais recursos dos países ricos. Essa postura tem sido recorrente desde a COP de 2022, realizada no Egito, onde ele afirmou: “O planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos, de metas de redução de emissão de carbono negligenciadas e do auxílio financeiro a países pobres que não chega.”
As menções de Lula a conflitos internacionais, como os da Ucrânia e Palestina, têm gerado reações negativas em âmbito internacional. Em uma de suas declarações mais recentes, ele equiparou a ofensiva israelense na Faixa de Gaza ao ataque terrorista do Hamas.
Em relação à Amazônia, Lula mencionou a criação de vínculos com países que abrigam a floresta e a formação de uma visão comum com os vizinhos amazônicos. No entanto, a Cúpula de Belém, em agosto, evidenciou divergências sobre o veto a novas explorações de petróleo na região e resistências em assumir a meta de zero desmate, dificultando a elaboração de um documento mais ambicioso.
Em Dubai, o governo brasileiro apresentou uma das suas principais propostas deste ano: a criação de um novo fundo internacional que receberia recursos como contrapartida para cada hectare de floresta preservado. Este modelo se diferencia do Fundo Amazônia e seria gerido por uma instituição financeira multilateral.
Além do discurso na COP-28, a agenda do presidente Lula incluiu cinco encontros bilaterais com líderes de destaque, como o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o premiê da Espanha, Pedro Sánchez, e os presidentes de Israel, Isaac Herzog, e da Guiana, Mohamed Irfaan Ali.
O discurso de Lula na COP-28 ressaltou a urgência de medidas concretas para combater as mudanças climáticas e sua busca por uma economia menos dependente de combustíveis fósseis, enquanto o convite para integrar a Opep+ destaca o papel do Brasil no cenário global da produção de petróleo. O caminho a seguir será crucial para definir o futuro ambiental e energético do país e suas relações internacionais.
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