Home DESTAQUE Isenção da taxa de importação de carros elétricos é defendida pelo presidente da Renault no Brasil

Isenção da taxa de importação de carros elétricos é defendida pelo presidente da Renault no Brasil

Segundo o representante da montadora francesa, Ricardo Gondo, quem investe no Brasil teria uma cota isenta de imposto

by Tiago Souza

Em meio a um debate sobre o retorno das tarifas de importação aos carros elétricos, o presidente da Renault no Brasil, Ricardo Gondo disse ser favorável a continuidade da isenção aos veículos sustentáveis produzidos nos parques fabris instalados no país. As falas de Gondo ocorreram durante um evento da montadora francesa em São Paulo.

“Quem investiu e segue investindo no Brasil teria uma cota isenta de imposto. É o que nós e a Anfavea [Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores] defendemos. Quem já produz por aqui poderia importar algum volume sem imposto. Eu preciso defender a indústria nacional, pois produzimos aqui. Mas como eu posso não pedir cotas? Eu estou lançando um carro elétrico.”, pontuou o representante.

Em um hipotético aceite do pedido de Gondo pelo governo, as empresas beneficiadas com a medida seriam, por exemplo, Peugeot, Citroën, Jeep, Volkswagen, Chevrolet, Nissan, Toyota, Caoa Chery, Honda, Hyundai, Audi e BMW, além da própria Renault.

Retorno do imposto de importação

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Uallace Moreira, em uma entrevista recente à agência de notícias internacional Reuters, haverá um retorno progressivo da taxa em até três anos. Ao término do triênio, a alíquota de importação chegará a 35%.

Conforme Moreira, o retorno do imposto gradual está de acordo com o plano do governo em ampliar os investimentos de caráter privado no País, sobretudo na tecnologia verde. Ainda conforme o secretário, essa tendência ocorre globalmente e pretende proteger a indústria brasileira.

“O que a gente pode fazer para estimular a produção local? É dificultar um pouco ou encarecer a importação. Todas as montadoras já estão fazendo investimento, então temos que defender a produção local, estamos fazendo o que o mundo está fazendo”, disse à época.

A decisão final será feita pelo vice-presidente e ministro da pasta, Geraldo Alckmin. Caso aprovada, veículos híbridos vindos do exterior também serão taxados com o imposto.

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