O Irã está em uma missão discreta de obter petroleiros usados para continuar exportando petróleo bruto. Isso ocorre depois que as sanções dos EUA contra as indústrias de petróleo e transporte marítimo assustaram bancos ocidentais, seguradoras e operadores de transporte marítimo, informou a Reuters, citando fontes do Irã e de países ocidentais.
Dias depois de as sanções dos EUA aos setores petrolífero, naval e de seguros iranianos terem voltado no início de novembro, o representante especial do Irã, Brian Hook, disse em coletiva de imprensa: “Se os petroleiros iranianos fizerem chamadas para seus portos ou transitarem por suas vias navegáveis, risco.”
“Do Canal de Suez até o Estreito de Malaca e todos os pontos de estrangulamento intermediários, os petroleiros iranianos são agora uma responsabilidade flutuante”, disse Hook.
O Irã tem mais de 50 petroleiros, mas neste mês, por exemplo, está usando 12 deles para armazenar petróleo em armazenamento flutuante no mar, segundo dados da MarineTraffic citados pela Reuters.
O Irã recorreu ao armazenamento flutuante novamente depois que as sanções dos EUA removeram mais de 1 milhão de bpd de exportações de petróleo iraniano do mercado desde novembro.
As sanções dos EUA também resultaram em estancadas negociações iniciais entre o Irã e a Coréia do Sul em busca de novos super-petroleiros, enquanto o Panamá retirou de circulação muitos navios iranianos de seu registro, segundo fontes da Reuters.
Fontes do transporte marítimo dizem à Reuters que, desta vez, será mais difícil para o Irã obter navios do que com a rodada anterior de sanções devido ao aumento do escrutínio e porque as empresas não querem se envolver em nada ligado ao Irã por medo de fugir. em conflito com as sanções dos EUA.
Uma importante autoridade iraniana disse à Reuters que “muitos países estão felizes em fazer negócios com o Irã”, acrescentando que há várias maneiras de lidar com a escassez de navios-tanque, incluindo o uso de tanques de outros países.
Enquanto rastrear as exportações de petróleo do Irã se tornou uma tarefa cada vez mais difícil depois que as sanções dos EUA voltaram, alguns dos principais clientes de petróleo iranianos que receberam isenções dos EUA retomaram a compra do petróleo iraniano em 2019 ou aumentaram as importações para seus respectivos limites máximos permitidos. o modo de espera para as compras de novembro e dezembro em meio a incertezas sobre quem estava recebendo renúncias.
Os EUA sinalizaram que os clientes iranianos não deveriam contar com extensões de isenção, mas a administração Trump ainda não disse oficialmente se pararia de conceder isenções. É provável que essa decisão dependa do preço do petróleo quando os EUA precisarem decidir sobre isenções, porque, apesar da promessa de “zero” exportações iranianas, o governo não estará disposto a elevar os preços do petróleo.
