BYD se prepara para inaugurar fábrica de carros elétricos na Bahia em outubro. A fábrica de carros elétricos da chinesa BYD, localizada na Bahia, está em fase final de construção e já tem previsão de inauguração da primeira etapa em outubro deste ano. O projeto faz parte de um plano maior, que envolve três fábricas e a produção de até 150 mil veículos por ano. A instalação da fábrica está sendo feita nas antigas instalações da Ford, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, e promete impulsionar a indústria automotiva na região.
De acordo com fontes locais, os equipamentos necessários para a montagem das linhas de produção já estão a caminho do Brasil. Provenientes da China, os maquinários estão sendo transportados em navios que devem chegar a Salvador no próximo mês. A montagem da fábrica ocorrerá em fases, com a previsão de início da produção já em 2025.
Na fase inicial, os carros serão montados em sistemas chamados SKD (Semi Knocked Down) e CKD (Completely Knocked Down), ou seja, utilizando kits de carroceria e peças importados da China. Nessa primeira etapa, a montagem será parcial ou total de componentes, e somente depois a produção será nacionalizada, com a fabricação de peças em território brasileiro.
A segunda fase do projeto prevê uma maior nacionalização da produção, com o desenvolvimento de um parque de fornecedores locais. Serão instaladas cerca de 30 novas empresas na região para fornecer componentes para as três linhas de produção da BYD. Há também a expectativa de que, no futuro, a fábrica se envolva no beneficiamento local de baterias, o que poderia criar um ecossistema industrial em torno da mobilidade elétrica, apelidado de “Vale do Silício Brasileiro”. No entanto, essa parte do plano ainda não foi confirmada oficialmente pela empresa.
O investimento total no complexo industrial da BYD em Camaçari é estimado em R$ 6,5 bilhões, e a empresa espera gerar 10 mil empregos diretos quando a fábrica estiver totalmente operacional. Atualmente, aproximadamente 500 trabalhadores já estão empregados na construção dos galpões de produção e na instalação das primeiras áreas de testes.
Além disso, cerca de 150 funcionários estão sendo treinados em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) da Bahia. Eles estão se preparando para operar as linhas de montagem, enquanto uma comitiva de 22 profissionais foi enviada à sede da BYD, em Shenzhen, na China, para participar de um intercâmbio de até 60 dias. O objetivo é que esses trabalhadores aprendam os processos de produção dos carros elétricos e híbridos diretamente nas fábricas chinesas.
Um dos diferenciais do projeto da BYD é a construção de um bairro residencial destinado aos funcionários da fábrica, inspirado no modelo adotado na sede da empresa em Shenzhen. A vila operária em Camaçari está sendo construída em uma área de 81 mil metros quadrados e terá capacidade para abrigar até 4.200 trabalhadores. A ideia é criar uma infraestrutura completa para os empregados, oferecendo moradia próxima ao local de trabalho e facilitando a logística diária.
Na China, a fábrica da BYD em Shenzhen possui uma vila similar, com habitações para funcionários e um sistema de monotrilho que conecta a fábrica a outras áreas da cidade. No Brasil, embora o monotrilho não esteja previsto, o condomínio de funcionários será um importante benefício para a força de trabalho local.
Ainda não há confirmação oficial sobre quais modelos de carros elétricos a BYD irá fabricar no Brasil, mas há especulações sobre a produção de veículos populares da marca, como o Dolphin Mini, um hatch subcompacto totalmente elétrico, e o Yuan Pro, um SUV compacto também movido a eletricidade. Além desses, a empresa pode fabricar híbridos como o BYD King, um sedan médio, e a picape Shark, que, inicialmente, será produzida no México.
Há também a expectativa de que a fábrica baiana produza modelos híbridos flex, que combinam motores a combustão movidos a gasolina ou etanol com baterias de média potência. Esse tipo de veículo seria uma importante alternativa para o mercado brasileiro, que ainda está em transição para a mobilidade elétrica, mas onde o uso de combustíveis como o etanol é comum.
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