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Grupo BBF investe 2,2 bilhões em biorrefinaria para produzir biocombustíveis de segunda geração

O óleo de palma é uma matéria-prima muito eficiente para a produção de biocombustíveis, por ter um rendimento 10x maior do que a soja.

by Andriely Medeiros
O óleo de palma é uma matéria-prima muito eficiente para a produção de biocombustíveis, por ter um rendimento 10x maior do que a soja.

O Grupo BBF (Brasil BioFuels), a maior produtora de óleo de palma da América Latina, anunciou um contrato de offtaker com a Vibra Energia (antiga BR Distribuidora), para fornecer, a partir de 2026, dois tipos de biocombustíveis de segunda geração: o Combustível Sustentável de Aviação (SAF) e o Diesel Verde. Esses biocombustíveis são produzidos a partir do óleo de palma, também chamado de dendê, que tem uma estrutura química muito semelhante à dos combustíveis fósseis, mas com a vantagem de ser renovável e menos poluente.

Investimentos do Grupo BBF para produzir biocombustíveis

O Brasil é um dos países com maior diversidade de fontes de energia renovável do mundo, e busca cada vez mais alternativas aos combustíveis fósseis, que são poluentes e esgotáveis. Uma dessas alternativas é o uso de biocombustíveis, derivados de matérias-primas vegetais ou animais, que podem substituir parcial ou totalmente os combustíveis derivados do petróleo.

Para produzir esses biocombustíveis em escala industrial, o Grupo BBF investirá mais de R$ 2,2 bilhões na construção da primeira biorrefinaria do país dedicada a esse fim. A nova planta terá capacidade de produzir cerca de 500 milhões de litros dos biocombustíveis por ano, representando uma contribuição significativa para a transição energética do país, que visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa e aumentar a segurança energética.

Óleo de palma: a matéria-prima renovável e eficiente para o SAF e o Diesel Verde

O óleo de palma é uma matéria-prima muito eficiente para a produção de biocombustíveis, por ter um rendimento por hectare dez vezes maior do que a soja, o qual é a principal oleaginosa usada para esse fim no Brasil. Além disso, o cultivo da palma gera toneladas de biomassa, que podem ser usadas para a geração de energia elétrica limpa ou para a recomposição orgânica dos solos.

O Grupo BBF tem uma experiência de 15 anos no cultivo da palma em áreas degradadas da Amazônia, seguindo as normas ambientais mais rigorosas do mundo. A empresa possui mais de 75 mil hectares plantados nos estados do Pará e Roraima, com uma produção anual de mais de 200 mil toneladas de óleo de palma.

Além de produzir biocombustíveis, a empresa também gera energia elétrica para regiões isoladas do Norte do Brasil, a partir de uma matriz sustentável e limpa. O Grupo BBF também gera mais de 6 mil empregos diretos e 18 mil indiretos, e incentiva mais de 450 agricultores familiares no estado do Pará.

Como o Grupo BBF contribui para a transição energética do Brasil

O CEO do Grupo BBF, Milton Steagall, afirma que a empresa nasceu com o propósito de mudar a realidade energética dos Sistemas Isolados no Norte do Brasil, e que agora ampliou sua missão para contribuir com a transição energética do país como um todo.

“Com os 31 milhões de hectares disponíveis, temos a oportunidade de gerar 186 bilhões de litros de óleo de palma por ano, para utilização no desenvolvimento de biocombustível para atender, inclusive, o setor aéreo. Isso é mais do que é extraído pela Petrobras no nosso pré-sal, por isso, digo que temos um verdadeiro “pré-sal verde” no nosso país”.

Segundo dados da Embrapa, o Brasil tem o potencial de cultivar palma de forma sustentável em 31 milhões de hectares de áreas degradadas na região amazônica, o que poderia gerar 186 bilhões de litros de óleo de palma por ano. Essa é uma oportunidade de desenvolvimento econômico, social e ambiental para o país, que pode se tornar um líder mundial na produção de biocombustíveis de segunda geração.

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