A Agência Nacional de Petróleo (ANP) interditou as operações do FPSO Cidade de Vitória, após fiscalização apontar problemas na unidade que variam de riscos de vazamento de gases perigosos, em taxas que podem ser 5 vezes maiores do que o previsto em projeto, até falhas nos sistemas de comunicações com a população embarcada, que estaria acima da capacidade prevista. O boletim de fiscalização e interdição informa que foram encontradas várias situações de risco grave.
A ANP informou em nota que, em operação, há riscos no FPSO Cidade de Vitória de ocorrência de perdas de contenção, explosões e incêndios. Os problemas são semelhantes com aqueles que foram apresentados também pelo FPSO Cidade de São Mateus, que em 2015 explodiu após um vazamento de gás. O acidente foi considerado o maior no setor de petróleo e gás no Espírito Santo, deixando 9 mortos e 26 pessoas feridas.
A fiscalização na plataforma de petróleo foi realizada durante os dias 30 de maio a 3 de junho deste ano, com autointerdição e notificação.
No documento é confirmado que a operação só poderá ser retomada após todas as exigências estabelecidas pela ANP serem cumpridas. O operador do FPSO cidade de Vitória estará autorizado a retomar a produção apenas após a comprovação de atendimento das notificações e formalmente autorizado pela ANP.
De acordo com dados da ANP, 90% das nuvens de gases perigosas não são detectadas pelo sistema utilizado pelo FPSO Cidade de Vitória. Foi identificado que a taxa de vazamentos reais é cinco vezes maior que a esperada no projeto. Na fiscalização ficou evidenciado a bordo da plataforma de petróleo baixa integridade e corrosão severa em diversas tubulações.
A fiscalização da ANP no FPSO também apontou que o sistema se encontra degradado, não sendo possível entender as mensagens enviadas, após a realização de diversos testes. Foram encontradas falhas nos amplificadores e na sala de controle.
Vários testes foram feitos e representantes do Operador do contrato, da ANP e da Instalação, embora atentos, não conseguiram entender as mensagens transmitidas pelo sistema de PA. Além dessas, também há diversas irregularidades que levaram à interdição da plataforma de petróleo como habitações em situação de risco, população embarcada acima da capacidade, dilúvio e drenagem, entre outros.
De acordo com o diretor do Sindicado dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindispetro-ES), Etory Sperandio, a situação do FPSO Cidade de Vitória é grave, assim como o risco dos trabalhadores toda vez que embarcam. Segundo o diretor, chamando a atenção é que a BW, empresa que está comprando a plataforma, e os campos de Camarupim e Golfinho, é a mesma responsável pelo maior acidente no setor de petróleo e gás já registrado no Estado.
Etory afirma que o laudo da ANP guarda muita proximidade com o que aconteceu com o FPSO Cidade de São Mateus. Uma atmosfera explosiva, o pessoal embarcado entrou em ambiente confinado, onde houve a ignição, que gerou a explosão.
Até hoje a plataforma de petróleo não voltou a produzir. Ainda segundo o diretor, além da investigação da ANP, o Sindicato também recorreu à Justiça contra a venda dos campos de Camarupim e Golfinho.
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