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Europa anuncia construção de ambicioso projeto do maior parque eólico offshore do mundo

O maior parque eólico offshore do mundo poderá abastecer até 6 milhões de casas anualmente quando estiver totalmente operacional.

by Marcelo Santos
Europa anuncia construção de ambicioso projeto do maior parque eólico offshore do mundo

Em meio a crescente necessidade global de fontes de energia renováveis, a Europa está dando um salto gigantesco na direção certa, liderando a revolução da energia eólica offshore. Com o lançamento do maior parque eólico offshore do mundo, o continente está definindo padrões para o futuro da energia verde. Localizado na costa nordeste da Inglaterra, no coração do Mar do Norte, o Dogger Bank promete fornecer eletricidade a até 6 milhões de casas anualmente quando estiver totalmente operacional.

Dogger Bank em funcionamento

O Reino Unido, um líder indiscutível no setor de energia eólica offshore, deu as boas-vindas ao Dogger Bank, anunciado como o maior parque eólico offshore do mundo. Localizado no Mar do Norte, perto da costa nordeste da Inglaterra, o projeto está sendo construído em fases e, quando totalmente operacional, terá uma capacidade impressionante de 3,6 gigawatts.

A magnitude deste projeto é tamanha que poderá abastecer até 6 milhões de residências anualmente. Uma quarta fase do projeto, Dogger Bank D, já está em discussão na Europa. O projeto é uma colaboração entre três gigantes do setor: SSE Renewables, Equinor e Vårgrønn.

Turbinas gigantes para o maior parque eólico offshore do mundo

O coração do maior parque eólico offshore do mundo é a turbina Haliade-X da GE Vernova. Com suas pás massivas medindo 107 metros, essas turbinas representam a fronteira da inovação. A ideia central é simples, mas poderosa, gerar mais eletricidade usando menos turbinas. O marco foi alcançado no dia 7 de outubro, quando a primeira turbina começou a girar, fornecendo energia à rede nacional do Reino Unido.

Europa como epicentro da energia eólica offshore

O Reino Unido, com seu setor eólico bem estabelecido e geografia favorável, tornou-se um ímã para empresas de energia eólica. Projetos como o Hornsea 2, uma instalação de 165 turbinas com capacidade de mais de 1,3 GW, já marcaram presença.

Outros países europeus também estão se movendo rapidamente para fortalecer sua capacidade eólica offshore. A Dinamarca e a Alemanha, por exemplo, são líderes na área. No entanto, países como Letônia e Itália estão buscando acelerar seus esforços e precisam do apoio da União Europeia para estimular o crescimento.

Reconhecendo isso, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou um pacote europeu de energia eólica, visando acelerar licenças, melhorar os sistemas de leilões e focar em financiamento e cadeias de abastecimento estáveis.

A Noruega e as turbinas flutuantes

Enquanto a maioria dos parques eólicos offshore na Europa são fixados no mar, a Noruega está explorando novas fronteiras com as turbinas flutuantes. O parque eólico flutuante Hywind Tampen, planejado a cerca de 145 quilômetros da costa do Mar do Norte, poderá ser um divisor de águas, mostrando que é possível instalar turbinas em águas profundas.

Diferença entre um parque eólico offshore e onshore

Os parques eólicos, tanto onshore (em terra) quanto offshore (no mar), são pilares essenciais na transição para fontes de energia renováveis. Cada tipo, no entanto, possui suas particularidades, benefícios e desafios.

Parque eólico onshore

  • Benefícios: São mais fáceis e rápidos de serem construídos devido à acessibilidade do terreno, costumam ser mais baratos em termos de instalação e manutenção.
  • Desafios: Os locais adequados em terra podem estar distantes dos centros de consumo, necessitando de extensas redes de transmissão. Também podem enfrentar resistência de comunidades locais devido a preocupações estéticas e sonoras.

Parque eólico offshore

  • Benefícios: Costumam ter ventos mais consistentes e fortes, levando a uma maior produção de energia, estão localizados mais próximos de grandes centros urbanos, reduzindo custos de transmissão, os desafios estéticos e sonoros são minimizados, já que estão longe da vista e audição das populações.
  • Desafios: A instalação e manutenção são mais complexas e caras, devido às condições marítimas adversas, também enfrentam desafios técnicos relacionados à corrosão e logística.

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