A equipe responsável pela elaboração do plano energético do governo do presidente Lula, quer trazer a estatal Petrobras de volta a áreas que fora antes abandonada por gestões anteriores. O governo que focar nas expansões e deixar de lado a remuneração de acionistas da Petrobras. O governo Lula defender também a nova política de preços do petróleo, e vem estudando a criação de um fundo que estabilize os preços, o que pode limitar os repasses em caso de variações drásticas no mercado internacional do petróleo.
A estratégia do governo Lula para o mercado de petróleo
A estratégia do governo Lula para com a Petrobras, está sendo discutida por vários especialistas ligados ao setor do petróleo, reunidos em um grupo que vem sendo liderado pelo ex-ministro da Fazendo, Aloísio Mercadante.
O próprio presidente Lula já defendeu também que irá retomar os investimentos em refino e de contratações em conjunto com a indústria naval do Brasil, assuntos esses que foram deixados de lado após o governo de Temer.
O plano do Partido dos Trabalhadores – PT é tornar os preços dos combustíveis mais justo, ao molde brasileiro, deixando assim de lado o PPI (Preço de Paridade de Importação) e considerando que a parcela relevante dos custos de produção é feita em moeda nacional.
Empresas do ramo do petróleo retrucam modelo do governo Lula
Esse novo modelo que o PT pretende implantar na Petrobras vem sendo criticado por outras empresas do ramo do petróleo, pelo fato de que, pode debilitar as importações necessárias para adicionar o abastecimento nacional.
Na última quinta-feira, 3, ao divulgar o lucro de R$ 46,1 bi só no terceiro trimestre de 2022, o setor financeiro da Petrobras defendeu a manutenção dos preços ligados ao mercado internacional do petróleo.
Em texto que acompanha o balanço da Petrobras, Rodrigo Araújo, diretor financeiro da estatal, escreveu que “Sem preços de mercado corre-se o risco de escassez de produtos, com óbvias consequências negativas para a sociedade como um todo”.
Integrantes da Petrobras defendem a volta do debate sobre a conta para normalizar os preços, para assim reduzir esse risco. Conta essa financiada por royalties e participações especiais que são recolhidas sobre a produção de petróleo e por faturamentos da estatal.
Nova política de preços da Petrobras fica em segundo plano no Congresso
A nova política de preços da Petrobras já havia sido debatida no Congresso, porém ficou em segundo plano após o governo decidir apoiar proposta de cortes nos impostos federais e estaduais para tentar normalizar a alta dos preços no primeiro semestre.
Na época, foi muito criticada pelo ministro da Economia, que para ele, o fundo é muito caro e não gera nenhum resultado. Além da nova politica de preços, as intenções do PT são outras, como a de enterrar de vez a proposta de privatização da Petrobras e visar “uma empresa integrada de energia, investindo em exploração, produção, refino e distribuição”, como foi dito no programa eleitoral.