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Empresas petrolíferas são alvo de processo judicial nos Estados Unidos

Justificativa nos autos alega que os players citados omitiram propositalmente os danos e riscos da exploração do petróleo

by Tiago Souza

Cinco entre as maiores petrolíferas do mundo estão na mira da Justiça dos Estados Unidos. Nessa sexta-feira, 15/9, foi aberto no estado da Califórnia, um processo contra as empresas Exxon Mobil, Shell, BP, ConocoPhilips e Chevron por supostos prejuízos e omissões no decorrer de suas atuações e atividades comerciais.

De acordo com o documento, repercutido pelo veículo de imprensa The New York Times, a justificativa é que a exploração do petróleo em território norte-americano por essas empresas ocasionou danos estimados em milhões de dólares.

Além disso, as marcas investigadas teriam minimizado propositalmente os riscos climáticos da utilização dos combustíveis fósseis.

“[As empresas] minimizaram intencionalmente os riscos que os combustíveis fósseis representam para a população, mesmo sabendo que seus produtos poderiam causar um aquecimento global significativo. […] Os executivos das empresas de petróleo e gás sabem há décadas que a dependência dos combustíveis fósseis iria causar estes resultados catastróficos, mas privaram o público e as autoridades políticas dessa informação ao promoverem ativamente a desinformação sobre o assunto.”, constam os autos do processo.

O litígio

O processo contra as cinco petrolíferas foi apresentado ao Tribunal Superior de São Francisco. A ação judicial é mais uma de centenas que foram movidas por outros estados, cidades e condados dos Estados Unidos em relação a atividade supostamente irregular das empresas.

“O caso da Califórnia é a ação climática mais significativa, decisiva e poderosa dirigida contra a indústria do petróleo e do gás na história dos EUA”, comentou o presidente da organização sem fins lucrativos The Center for Climate Integrity (CCI), Richard Wiles.

Entre as medidas requeridas no processo está a criação de um fundo cujo dinheiro seria revertido para ações de combate às mudanças climáticas e suporte a pessoas vítimas de desastres naturais.

Procuradas pelo The New York Times, as empresas citadas no processo movido optaram por não se manifestar.

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