10,3 milhões dos 30,2 milhões de empregadores e trabalhadores que atuam por conta própria estão em empreendimentos que possuem o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ativo. O índice representa 34% do total e aponta uma alta de 29% em relação a 2019. Os números integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) 2022 e foram divulgados nesta sexta-feira, 15/9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o levantamento, a maioria do grupo de profissionais por conta própria é composta por homens, em um número próximo aos 63%. Ainda no comparativo sobre os registros de CNPJs, subiu de 20% a 26% o número de trabalhadores com o Cadastro, permanecendo um estágio de estabilidade para a classe de empregadores.
Conforme a PNAD Contínua, apenas 5% dos optantes pelo trabalho por conta própria atuam em modelos de cooperativa ou produção. De acordo com o IBGE, o resultado é um movimento constante que ocorre desde 2015. Por outro lado, a indústria geral registra a terceira maior taxa de cobertura no CNPJ, com 32%. Destacam-se também a construção, 19%, e os ramos da agricultura, pecuária, pesca e aquicultura, com 10%.
“Os empregadores e os trabalhadores por conta própria estavam principalmente concentrados nas atividades do comércio e serviços, com estimativas de 22,4% e 41,3%, respectivamente. Essas duas atividades também apresentavam as maiores taxas de coberturas no CNPJ, de 49% e 39,6%, respectivamente.”, informa o documento do IBGE.
Sindicalização
Em outro estudo integrante da PNAD Contínua observou-se o número de trabalhadores filiados a sindicatos. De acordo com a pesquisa, das 100 milhões de pessoas ocupadas, somente 9 milhões integravam sindicatos.
Esse índice aferido representa o menor desde 2012, onde 14 milhões de trabalhadores eram associados. Em percentuais, a redução passou de 16% para 9%, nos últimos onze anos.
Os principais recuos identificados nos grupos analisam aconteceram nos setores de transporte, armazenagem e correios: reduzindo de 20% em 2012 para 8% em 2022.
A região Sul concentra o maior contingente de sindicalizados e o Centro-Oeste o menor. A pesquisa destaca ainda que o número de mulheres sindicalizadas ultrapassou, em 2022, o de homens.
A pesquisa completa pode ser acessada nesse link.