O governo do Ceará assinou na última quarta-feira (9) a adesão ao Pacto Brasileiro pelo Hidrogênio Verde, composto pela Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica), Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK Rio).
Qual o propósito do pacto do hidrogênio verde no estado do Ceará?
O propósito da assinatura é aprimorar o progresso do mercado nacional de hidrogênio verde (H₂V), especialmente no estado do Ceará. O termo de adesão foi assinado em cerimônia oficial no Palácio do Governo do Ceará e contou com a presença do próprio governador Elmano de Freitas, e da vice-presidente de investimentos e hidrogênio verde da Absolar, Camila Ramos.
Segundo Camila, da Absolar, por meio do desenvolvimento do hidrogênio renovável, o Brasil, com o pioneirismo do Ceará, pode se tornar um grande líder global na produção, consumo e exportação do combustível do futuro.
Ramos afirma que o hidrogênio verde também pode consolidar a reindustrialização verde na região, com a atração de novas fábricas, mais capital internacional, geração de empregos locais, novas tecnologias e novas oportunidades de negócios.
Ceará lança a primeira molécula de hidrogênio verde do país
Para que o mundo alcance a neutralidade de emissões de gases de efeito estufa até 2050, o Brasil, através do Ceará, começa a fazer sua parte e pode até mesmo aproveitar uma grande oportunidade de impulsionar seu desenvolvimento socioeconômico e ambiental, oferecendo produtos e serviços sustentáveis ao mundo.
É importante destacar que, no início deste ano, houve um passo histórico para a geração de energia limpa no Brasil, visto que o Ceará lançou a primeira molécula de hidrogênio verde produzida no país.
Esta é a primeira etapa do desenvolvimento do projeto-piloto de H₂V no Complexo Termelétrico do Pecém (UTE Pecém), em São Gonçalo do Amarante, que tem à frente a EDP.
Política Estadual do Hidrogênio Verde
Nesta segunda-feira, o governador do estado recebeu, no Palácio da Abolição, o CEO Global da Fortescue Future Industries (FFI), Mark Hutchinson.
Na ocasião, o chefe Executivo estadual assinou o Projeto de Lei que institui a Política Estadual do Hidrogênio Verde e gera o Conselho Estadual de Governança e Desenvolvimento da Produção de Hidrogênio Verde. O texto segue para apreciação e votação na Assembleia Legislativa do Ceará.
Passo histórico para a nova fase do hidrogênio renovável
O governador afirma que o Ceará dá mais um passo histórico para a nova fase do hidrogênio verde. Freitas afirma que está sendo enviado para a Assembleia um Projeto de Lei com diversas iniciativas, desde garantir prioridade, de celeridade, a facilitar que o mercado de H₂V se expanda no estado, no que diz respeito ao consumo e setores econômicos que devem receber fomentos.
Também a governança por meio de um Conselho, formado por parte do Estado, sociedade civil e áreas que serão convidadas. A partir desta segunda, o estado entra em uma nova fase, visto que tinha, até então, 31 memorandos. Agora, o objetivo é buscar estabelecer prazos para que os investimentos aconteçam.
Ceará fecha parceria com Fortescue
Antes da assinatura, o Governo do Ceará e a Fortescue dialogam sobre as expectativas e esforços para impulsionar conjuntamente a produção e exportação de hidrogênio verde no Ceará e no Brasil.
A empresa foi a primeira multinacional a assinar pré-contrato, no valor de US$ 6 bilhões, para o desenvolvimento de planta na Hub de H₂V no Porto de Pecém, em São Gonçalo do Amarante. O CEO da FFI, Mark Hutchinson, afirmou que o grupo está focado em responder à urgente demanda mundial por energias renováveis.