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Brasil vai investir mais em energia eólica offshore para acelerar transição energética

Brasil se junta à Aliança Global de Energia Eólica Offshore na COP28, abrindo novas perspectivas para o país na luta contra as mudanças climáticas.

by Marcelo Santos

Durante a Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP28) realizada em Dubai, o Brasil formalizou seu compromisso com a transição energética ao aderir à Aliança Global de Energia Eólica Offshore (Global Offshore Wind Alliance — GOWA). Essa decisão histórica foi tomada em uma cerimônia especial na Reunião Ministerial da GOWA, contando com a participação de representantes de todo o mundo.

Brasil tenta acelerar transição para fontes de energia mais limpas

O governo brasileiro foi representado pelo Secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia, Thiago Barral. Em nome do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, Thiago Barral assinou a adesão do Brasil à GOWA. Essa iniciativa, liderada pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena) e pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC), foi lançada na edição anterior da COP e tem como objetivo acelerar a implantação da energia eólica offshore em todo o mundo.

A adesão do Brasil à GOWA reflete o reconhecimento da necessidade de acelerar a transição para fontes de energia mais limpas. A energia offshore desempenha um papel fundamental nessa transição, oferecendo uma fonte de energia renovável com enorme potencial de crescimento.

Thiago Barral afirmou: “O Brasil reconhece a necessidade de acelerar a transição para uma matriz energética mais limpa. Neste contexto, a energia offshore faz parte do portfólio de soluções viáveis e a Gowa é uma iniciativa necessária. Em colaboração, estamos removendo as barreiras ao desenvolvimento desta nova e promissora fronteira de energia renovável.”

Metas ambiciosas para a energia eólica offshore

A expansão da eólica offshore desempenhará um papel crucial na busca pelo objetivo de triplicar a capacidade de energia renovável em todo o mundo. O Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) tem ambições elevadas para essa fonte de energia, com planos de construir 323 GW até 2030. A GOWA oferece um conjunto de ferramentas para impulsionar a aceleração da energia offshore e criar uma comunidade global de partes interessadas.

Ben Backwell, CEO do Conselho Global de Energia Eólica, comentou: “A expansão da energia eólica offshore é absolutamente fundamental para que o mundo atinja a meta de triplicar as renováveis. O GWEC vê um enorme crescimento para a energia eólica offshore, com 323 GW construídos até 2030, e a Gowa cria uma comunidade global de partes interessadas para impulsionar a aceleração da energia eólica offshore.”

Potencial brasileiro na energia eólica offshore

O Brasil possui um imenso potencial na energia eólica offshore, com mais de 78 projetos atualmente em análise pelo Ibama, representando mais de 182 GW de capacidade. O potencial total do Brasil para energia offshore é estimado em incríveis 700 GW. Essa adesão à GOWA é vista como um marco crucial para o avanço da regulamentação das eólicas offshore no país.

Elbia Gannoum, presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica), destacou a importância dessa adesão, afirmando: “No Brasil, já estamos com mais de 78 projetos em análise pelo Ibama, o que representa mais de 182 GW de capacidade. O potencial brasileiro para eólica offshore é de 700 GW, isso significa não só um avanço rumo ao NetZero em 2030 como também o impulsionamento de novas tecnologias que demandam energia renovável, como o hidrogênio verde. Essa adesão, pleiteada pela ABEEólica junto ao MME, garantirá ainda a eficaz implementação da política industrial verde no país.”

A adesão do Brasil à Aliança Global de Energia Eólica Offshore é um marco significativo na jornada do país em direção à transição energética. A energia offshore desempenhará um papel crucial na mitigação das mudanças climáticas e na garantia da segurança energética global. Com uma vasta capacidade potencial, o Brasil está preparado para se tornar um líder na energia offshore, contribuindo para o alcance das metas de Net Zero e impulsionando a inovação em tecnologias de energia renovável.

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