A energia solar fotovoltaica continua a crescer expressivamente no Brasil, alcançando uma marca histórica. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o país ultrapassou a marca de 30 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar, representando aproximadamente 13,7% da matriz elétrica nacional.
Crescimento contínuo da energia solar fotovoltaica
No mês de maio, a energia solar adicionou 2 GW de capacidade instalada, elevando o total de abril, que era de 28 GW, para 30 GW. Desde julho de 2022, a fonte solar tem crescido em média 1 GW por mês. Esse crescimento é resultado do amplo potencial solar do Brasil e do crescente interesse em adotar uma fonte de energia limpa e sustentável.
Desde 2012, a energia solar fotovoltaica atraiu cerca de R$ 150,7 bilhões em novos investimentos para o Brasil. Além disso, contribuiu com mais de R$ 45,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 911,4 mil empregos acumulados.
Um dos grandes benefícios da energia solar é a redução das emissões de gases de efeito estufa, evitando a liberação de aproximadamente 38,5 milhões de toneladas de CO₂ na geração de eletricidade.
Potencial da geração distribuída
No segmento de geração distribuída de energia, a energia solar fotovoltaica já atingiu a marca de 21,1 GW de potência instalada. Isso representa um investimento de cerca de R$ 104,5 bilhões e mais de 631,2 mil empregos acumulados desde 2012, distribuídos por todas as regiões do Brasil.
A tecnologia solar fotovoltaica é amplamente utilizada em 98,8% das conexões de geração distribuída no país, consolidando-se como líder nesse segmento. O presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk, ressalta que o Brasil despertou para os benefícios da energia solar.
Aproveitar uma fonte de energia limpa e acessível contribui para o processo de reindustrialização do país, estimula a diversificação do suprimento de eletricidade e reduz a pressão sobre os recursos hídricos, evitando aumentos adicionais nas contas de energia da população.
Expansão das usinas solares de grande porte
Dados da Absolar revelam que além da geração distribuída, o Brasil conta com aproximadamente 9,3 GW de potência instalada em usinas solares de grande porte.
Desde 2012, essas usinas já atraíram cerca de R$ 46,2 bilhões em novos investimentos e geraram mais de 280,2 mil empregos acumulados. A arrecadação para os cofres públicos proveniente dessas usinas ultrapassa R$ 13,8 bilhões.
Nordeste lidera geração de energia solar no Brasil, com potencial para expansão significativa
A região Nordeste do Brasil se destaca como líder na geração de energia solar fotovoltaica e eólica no país. Atualmente, a capacidade instalada nessas duas fontes de energia é de 28,3 gigawatts (GW), representando impressionantes 82,6% da capacidade nacional.
Os nove estados nordestinos contam com projetos em fase de construção que somam 10 GW, representando 79,7% das novas instalações programadas para entrar em operação no país, conforme a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Potencial ainda maior no Nordeste
O potencial do Nordeste para a geração de energia solar e eólica é ainda maior. A capacidade de geração já outorgada pela Aneel, ou seja, projetos que já receberam autorização, mas ainda não tiveram suas instalações confirmadas pelas empresas de energia, totaliza impressionantes 76,2 GW na região. Isso demonstra o imenso potencial de crescimento e expansão das energias renováveis na região nordestina.
O Ministério de Minas e Energia (MME) tem expectativas positivas em relação à instalação de 30 GW de geração renovável e cerca de R$ 120 bilhões em investimentos. Esses investimentos devem ser viabilizados por meio de três leilões de transmissão de energia programados para ocorrer em 2023 e 2024.
O primeiro leilão, previsto para 30 de junho, abrange um total de 6,1 mil quilômetros de linhas de transmissão voltadas para escoar a energia renovável produzida no Nordeste para os centros consumidores no Sudeste. O segundo leilão, previsto para outubro, conectará a região Nordeste ao Centro-Oeste e Sudeste. O terceiro leilão ainda não teve seu edital publicado.