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Brasil alcança marca histórica na geração de energia solar fotovoltaica em 2023

O setor de energia solar projeta um investimento de cerca de R$ 38 bilhões para o ano de 2023, com a expectativa de alcançar 26 gigawatts até dezembro.

by Andriely Medeiros
O setor de energia solar projeta um investimento de cerca de R$ 38 bilhões para o ano de 2023, com a expectativa de alcançar 26 gigawatts até dezembro.

O Brasil continua a liderar o caminho na transição para fontes de energia limpa, com um notável destaque na geração de energia solar. Em 2023, o país atingiu uma marca histórica, ultrapassando 2 milhões de sistemas solares fotovoltaicos instalados em diversas estruturas, incluindo telhados, fachadas e pequenos terrenos. Esse aumento expressivo contribuiu para elevar a capacidade total de geração própria de energia elétrica para um impressionante volume de 23 gigawatts em agosto deste ano.

Energia Solar Fotovoltaica atinge novo marco com 2 milhões de sistemas instalados

De acordo com o Balanço Energético Nacional, divulgado pelo Ministério de Minas e Energia, a geração elétrica por meio de painéis solares cresceu surpreendentes 79,8% de 2021 para 2022. Esse crescimento notável fez com que a energia solar ultrapassasse a eólica, conquistando a segunda posição entre as principais matrizes elétricas do país. Atualmente, 15,6% da potência instalada no Brasil provêm da energia solar, ficando apenas atrás da hídrica, que representa 50% do total.

Mais de 3 milhões de residências, lojas e empresas em todo o país, agora utilizam a energia solar com geração própria. A extensão territorial e as condições climáticas favoráveis do Brasil têm impulsionado o crescimento da geração distribuída, com a instalação de sistemas fotovoltaicos em diversos tipos de edificações.

Comparação com fontes convencionais e desafios para o futuro

O setor de energia solar projeta um investimento de cerca de R$ 38 bilhões para o ano de 2023, com a expectativa de alcançar uma potência gerada de 26 gigawatts até dezembro, de acordo com a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). As perspectivas para o próximo ano indicam uma produção entre 25 e 28 gigawatts, consolidando ainda mais a posição do Brasil como líder global em energia solar.

“Isso confirma não só o potencial enorme que o Brasil tem para a geração solar fotovoltaica, mas também o desejo do consumidor brasileiro de gerar a própria energia, não só economizando na conta de luz, mas também fazendo sua parcela, para ajudar com o desenvolvimento sustentável do país”, revelou Bárbara Rubim, vice-presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Explosão na geração solar supera expectativas e coloca o Brasil no topo

São Paulo lidera no mapa da energia solar, abrigando 13,6% da potência instalada, com mais de 2,4 gigawatts em operação. Minas Gerais ocupa o segundo lugar, contribuindo com 13,3%. Outros estados como Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso também figuram entre os principais impulsionadores desse avanço tecnológico.

Avanços tecnológicos e incentivos do poder público têm tornado a geração de energia própria cada vez mais atrativa. A redução nos custos de equipamentos, instalação e manutenção é evidente, impulsionando um aumento significativo na adesão por parte de consumidores e empreendedores.

Economia e sustentabilidade

Além de ser uma fonte de energia mais limpa e renovável, a economia financeira é um fator crucial que atrai consumidores e empreendedores para a energia solar. Guilherme Chrispim, presidente da ABGD, destaca a redução substancial em sua própria fatura de energia, evidenciando que o investimento em painéis fotovoltaicos pode resultar em economias expressivas.

Para Chrispim, “quanto maior o número de interessados, de empresas que estão no Brasil e de distribuidoras de equipamentos, mais cresce a quantidade de pessoas fazendo instalação. Isso tudo ao longo do tempo ajudou a ter um preço mais competitivo”.

Djalma Falcão aponta para o crescimento rápido da capacidade de geração distribuída, alertando que, em dois anos, essa forma de geração de energia pode superar em mais de duas vezes a capacidade da Usina de Itaipu. Esse cenário apresenta desafios operacionais para o Operador Nacional do Sistema, que visa aprimorar suas técnicas para lidar com a complexidade dessa nova matriz energética espalhada por todo o país.

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