A Bolívia está buscando parceria com o Brasil para impulsionar o setor de mineração, visando atrair investimentos estrangeiros nos próximos anos. O embaixador boliviano Horácio Villegas destacou a intenção de modernizar a legislação para permitir investimentos, especialmente brasileiros, em minerais essenciais para a transição energética e a agricultura. Além disso, a Bolívia planeja expandir a produção de ureia para o mercado brasileiro, fortalecendo a cooperação bilateral. A Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM) elogiou a iniciativa e destacou a importância da segurança jurídica para os investidores. Agora, uma conferência entre empresários dos dois países será organizada para discutir parcerias comerciais.
Bolívia mira na cooperação com o Brasil para investimentos no setor da mineração
Em uma iniciativa voltada para o fortalecimento do setor de mineração, a Bolívia está buscando atrair investimentos do Brasil. O embaixador boliviano, Horácio Villegas, afirmou que o país pretende modernizar suas leis para permitir investimentos estrangeiros, principalmente do Brasil, em minerais fundamentais para a transição energética e agricultura.
Além de ser um grande produtor de lítio, a Bolívia também produz ureia e planeja expandir sua produção desse insumo para fertilizantes, visando abastecer o mercado brasileiro. Com uma planta já em operação e planos para outra, o embaixador destacou a intenção de estabelecer uma parceria com o Brasil para suprir a demanda por insumos essenciais na produção de fertilizantes.
Horácio Villegas ressaltou a importância de desenvolver as reservas minerais voltadas para a transição energética, como o lítio. O país está estudando modelos de parceria para estimular investimentos privados nesse setor. O embaixador destacou a necessidade de reformar a legislação de mineração, afirmando que o governo boliviano está preparando um pacote de leis para ser apresentado ao Congresso.
“Temos uma planta de 700 mil toneladas e planejamos outra planta de ureia para 1,5 milhões de toneladas ao ano, que seria na fronteira com o Brasil, principalmente para atender o mercado de Mato Grosso,” afirmou ele.
ABPM elogia iniciativa da Bolívia para o setor mineral
O presidente do Conselho da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM), Luís Maurício Azevedo, elogiou a iniciativa do governo boliviano em atrair investimentos estrangeiros para o setor de mineração. Azevedo enfatizou a importância da segurança jurídica para os investidores e ressaltou que a mudança na legislação é fundamental para atrair capital estrangeiro e desenvolver a cadeia produtiva da mineração no país.
Luís Vessani, diretor da ABPM e presidente do Sindicato das Indústrias Extrativas de Goiás e do Distrito Federal (SIEG), destacou o potencial da Bolívia não apenas para o lítio, mas também para outros minerais como cobalto, prata e cobre. Ele expressou o interesse em ajudar a desenvolver o setor mineral boliviano e destacou o desejo do país em agregar valor à sua produção.
“Nós queremos ajudar a desenvolver o setor mineral boliviano. E nos marca muito o desejo do país em agregar valor na sua produção. O desafio que percebemos é como o país vai gerenciar seus projetos de mineração sem necessariamente ser sócio direto dos empreendimentos”, comentou.
Ao final do encontro, ficou acertado que a ABPM, em parceria com a embaixada boliviana no Brasil, irá organizar uma conferência no segundo semestre, reunindo empresários dos dois países para trocar experiências e discutir possíveis parcerias comerciais. Essa iniciativa reflete o interesse mútuo em fortalecer a cooperação no setor de mineração entre Brasil e Bolívia.
Caso a parceria siga adiante, ambos os países poderão ser beneficiados com ainda mais investimentos para projetos no setor da mineração ao longo dos próximos anos.