O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 3,5 bilhões, por meio do programa Finem para implantação de dois complexos eólicos e um solar com capacidade instalada conjunta de 1,5 GW e investimentos totais de R$ 10,6 bilhões.
As novas plantas financiadas pelo BNDES estão localizadas na Bahia e em Minas Gerais, e são controladas por diferentes grupos, a energia gerada por esses empreendimentos será capaz de atender cerca de 2,6 milhões de residências e deve evitar a emissão de 8,6 milhões de toneladas de CO2.
Conheça as novas usinas de energia eólica e solar
O Complexo Eólico Serra do Assuruá, implantado pelo Grupo Engie, está localizado no município de Gentio do Ouro (BA), é composto por 24 parques eólicos com 188 aerogeradores Vestas, sua capacidade total instalada é de 846 (megawatts) MW. Com empréstimo do BNDES de R$ 1,5 bilhão, o projeto tem previsão de entrar em operação comercial de julho de 2024 a junho de 2025.
Já o Complexo Eólico Novo Horizonte, foi implantado pelo Grupo Pan American Energy, é formado por 10 parques eólicos, com localidade na Bahia e tem potência de 30,06 (megawatts) MW.
O Complexo Solar Boa Sorte, do Grupo Atlas, é composto por oito usinas fotovoltaicas, e está localizado no município mineiro de Paracatu, o apoio do Banco será de R$ 1,1 bilhão, equivalente a US$ 210 milhões, o complexo terá mais de 778 mil painéis solares.
Bahia e Minas Gerais lideram em gerações de usinas
Minas Gerais é o estado que mais gera energia elétrica por meio de usinas fotovoltaicas de micro e minigeração, em segundo lugar vem o Rio Grande do Sul, com 70 megawatts (MW), seguido pelo Estado de São Paulo, que já gerou 56 MW, os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Já a Bahia é líder nacional em geração de energia eólica (34,63%) há 4 meses consecutivos, o estado também lidera a geração nacional de energia solar (30,06%) desde 2017, quando começaram a operar as primeiras usinas de geração centralizada na região. Atualmente são 41 usinas em operação, com 1,3 Gigawatts (GW) de potência instalada, resultado de um investimento estimado em cerca de R$ 6 bilhões, com capacidade para gerar mais de 40 mil empregos em toda a cadeia produtiva.
O setor de energia renovável no Brasil
O setor energético brasileiro passou por mudanças estruturais significativas, o modelo de algumas décadas atrás, baseado em grandes hidrelétricas, vem perdendo espaço.
No entanto, a matriz energética brasileira tem um forte potencial de expansão, a geração mundial de eletricidade renovável em 2021 cresceu mais de 8% em relação ao ano anterior, atingindo níveis próximos a 8.300 TWh, desse crescimento, as fontes solar fotovoltaica e eólica responderam por aproximadamente dois terços. No Brasil, a energia solar e eólica representaram as maiores expansões líquidas de capacidade instalada entre 2019 e 2020.
Apesar do papel estratégico e do crescimento significativo das fontes solar e eólica, alguns desafios para sua maior disseminação na matriz energética brasileira ainda se apresentam, além das questões relacionadas ao marco regulatório, ainda relativamente frágil em alguns aspectos e à escassez de profissionais qualificados, os principais desafios perpassam a busca por soluções.
A expansão do mercad de energia solar
Fontes alternativas de energia derivam do ambiente natural, eles são obtidos de fontes inesgotáveis, ao contrário dos combustíveis fósseis, sua importância reside principalmente no fato de fornecer energia de forma limpa, com menor incidência de danos ao meio ambiente, além disso, reduzem a dependência de fontes de combustível estrangeiras e nucleares.
A energia solar é uma fonte de energia renovável e limpa, pode ser utilizada como fonte de energia térmica, para aquecimento e também para geração de energia elétrica ou mecânica. A energia solar não apresenta nenhum índice de poluição, porém seu custo de instalação é muito alto e só funciona bem em áreas muito ensolaradas.
