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Betavolt inova na tecnologia energética com novo projeto de bateria de energia atômica

A bateria, chamada BV100, utiliza o isótopo níquel-63, que se decompõe de forma estável em cobre ao longo de um século.

by Andriely Medeiros
A bateria, chamada BV100, utiliza o isótopo níquel-63, que se decompõe de forma estável em cobre ao longo de um século.

A Betavolt Technology, empresa chinesa especializada em semicondutores, anunciou ao mercado seu projeto de uma bateria atômica chamada BV100. Utilizando o isótopo níquel-63, que tem uma longa meia-vida, a bateria promete uma vida útil de 50 anos. Com dimensões compactas, a BV100 também fornece 100 microwatts a 3 volts e pode alimentar dispositivos variados, desde sensores inteligentes até smartphones. A tecnologia de energia atômica da bateria ainda está em fase de testes de segurança antes da produção em larga escala. O objetivo da companhia é seguir com o projeto para iniciar nos próximos meses as próximas etapas. 

Bateria BV100 possui tecnologia que promete 50 anos de vida útil

A Betavolt apresentou recentemente um projeto inovador no setor de energia, uma bateria que utiliza o decaimento natural do isótopo níquel-63 para gerar energia atômica. Essa bateria, chamada BV100, utiliza o isótopo níquel-63, que se decompõe de forma estável em cobre ao longo de um século. O níquel-63 foi escolhido pela companhia por sua longa meia-vida, garantindo uma suposta segurança ao uso desta bateria atômica.

A empresa garante que a tecnologia é totalmente segura, mas ressalta que os testes de segurança ainda estão em andamento antes da produção em larga escala. A estrutura da BV100 é formada a partir de um sanduíche de camadas de níquel-63, com espessura de 2 mícrons, intercaladas com folhas de semicondutor de diamante, que têm 10 mícrons de espessura.

Esse arranjo permite a transformação da energia atômica em energia elétrica. Além disso, a adição de um semicondutor de diamante possibilita a operação estável da bateria em uma ampla faixa de temperatura, variando entre -60 e 120 ºC. A BV100 tem dimensões compactas de 15 x 15 x 5 mm, fornecendo 100 microwatts a 3 volts.

Embora seja uma quantidade modesta de energia, a Betavolt projeta que múltiplas baterias podem ser utilizadas em série ou em paralelo para atender às demandas de dispositivos diversos. A empresa já está trabalhando em uma versão capaz de fornecer 1 watt, prevista para estar disponível em 2025.

Companhia explora novas tecnologias no projeto da bateria de energia atômica

Além do níquel-63, a Betavolt está explorando outros isótopos no projeto da bateria de energia atômica, como estrôncio-90, deutério e promécio-147. Esses isótopos apresentam a promessa de fornecer mais energia e ter uma durabilidade potencial de até 230 anos. A empresa está empenhada em continuar sua pesquisa para oferecer uma tecnologia ainda mais avançada nos próximos anos. 

A Betavolt destacou ainda que a BV100 dispensa a necessidade de manutenção, o que é uma vantagem importante para o mercado. No entanto, a empresa reconhece que, mesmo com essa característica, a bateria atômica provavelmente não será uma opção econômica. Isso, pois o custo associado a essa tecnologia emergente será um ponto crítico durante as próximas fases do projeto. 

No entanto, mesmo com os desafios que surgem no caminho, o projeto da Betavolt abre espaço para o uso de energia atômica no cotidiano dos consumidores. A possibilidade de fornecer uma fonte de energia duradoura e eficiente para uma variedade de dispositivos é a principal aposta da companhia para essa tecnologia utilizada na bateria. 

Conheça um pouco mais sobre a Betavolt

A Betavolt Technology é uma startup que foi fundada em abril de 2021. A empresa está empenhada em se tornar uma empresa de alta tecnologia que integra P&D, produção, serviços, vendas e comércio de importação e exportação. Seus principais produtos incluem baterias de energia atômica e semicondutores e materiais de diamante de quarta geração, nanotubos de carbono ultralongos e supercapacitores, etc.

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