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Banco brasileiro vai investir R$ 10 bilhões em projetos de geração de energia limpa para elevar posição do Nordeste

Região se consolida como polo de investimentos em energia renovável e recebe apoio financeiro do Banco do Nordeste para impulsionar o setor.

by Marcelo Santos
Banco brasileiro vai investir R$ 10 bilhões em projetos de geração de energia limpa para elevar posição do Nordeste

A produção de energia limpa está em pleno crescimento no Brasil, e o Nordeste desponta como uma das principais regiões geradoras dessas fontes renováveis. O Banco do Nordeste (BNB) tem desempenhado um papel fundamental nesse processo ao realizar investimentos consideráveis para impulsionar a geração de energia limpa na região.

Com um aporte de mais de R$ 30 bilhões nos últimos cinco anos e um planejamento de investimento adicional de R$ 10 bilhões para 2023, o banco busca elevar ainda mais a posição do Nordeste como um polo de energia renovável no país.

Pequenos produtores no caminho da sustentabilidade

A força do sol e do vento é aproveitada de forma estratégica pelos pequenos produtores na região. No Sítio Fiuza, em Guanambi, na Bahia, o casal Eleni Cardoso e Joaquim Ribeiro conseguiu zerar 100% do seu custo com energia ao instalar 29 placas solares.

Agora, eles podem direcionar o que antes era um gasto para investir no desenvolvimento de sua produção de milho e leite. Eleni destaca a importância dessa energia limpa, que não só beneficia suas atividades, mas também preserva a natureza. O casal planeja expandir o sistema, adicionando mais 20 placas solares.

Crescimento exponencial da energia solar e eólica

A matriz energética do Brasil está passando por uma transição significativa, impulsionada pelas fontes renováveis. De acordo com o Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), a geração de energia solar cresce em média 112% ao ano desde 2011 no país, enquanto a fonte eólica cresce a uma taxa de 40% ao ano. O Nordeste tem sido atraente para esses investimentos e tem respondido com um aumento expressivo na produção de energia limpa.

O presidente do BNB, Paulo Câmara, destaca o papel fundamental do banco no aumento dos investimentos em energia limpa e ressalta o crescimento substancial dos financiamentos para o setor.

Em comparação com o ano anterior, os desembolsos para esse setor cresceram impressionantes 25%. Atualmente, mais de 70% dos créditos do banco para energia renovável são direcionados para os segmentos eólico e solar, que continuam em expansão.

Banco do Nordeste financia projetos de energia limpa

O Banco do Nordeste tem buscado diferentes fontes de recursos para financiar os projetos de energia renovável na região. Além do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), o banco tem estabelecido parcerias com organismos multilaterais, como a Agência Francesa de Desenvolvimento e o BNDES, para ampliar os investimentos nesse setor.

A linha de crédito FNE Sol, oferecida pelo BNB, tem impulsionado projetos de mini e microgeração de energia solar, proporcionando melhores condições de pagamento aos clientes.

Qair Brasil beneficiada pelo crédito BNB

A empresa Qair Brasil é uma das beneficiadas pelo crédito do BNB e já possui cerca de 600 MW em projetos eólicos e solares fotovoltaicos em operação comercial. Com o suporte do banco, a empresa pretende alcançar 1 GW instalado até 2025.

A Qair Brasil está investindo no desenvolvimento de novos projetos eólicos, solares e de hidrogênio verde. A disponibilidade de recursos financeiros é crucial para viabilizar esses investimentos e tornar os projetos competitivos em um mercado em constante evolução.

Reciclagem impulsionada pela energia limpa

Outro exemplo é a Re9 Reciclagem, que conseguiu instalar seu próprio sistema de geração de energia por painéis fotovoltaicos com o apoio do BNB. Com capacidade de geração mensal de 15.000 kW, a empresa completará um ano de operação em setembro.

A Re9 Reciclagem atende a cinco estados do Nordeste e é responsável por reciclar materiais como papelão, papel branco e diversos tipos de plástico, contribuindo para a cadeia de reciclagem em mais de 50 municípios da região.

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