Arábia Saudita perde posto de maior fornecedora de petróleo à China para Rússia

Com as refinarias da China correndo para garantir mais cargas antes do teto de preço imposto pelo Grupo dos Sete países (G7) as importações chinesas de Exportações de petróleo bruto dos EUA sobem para recorde mensal em junho Russo aumentaram em 17% comparado a 2021, o aumento fez da Rússia o principal fornecedor de petróleo para a China, ficando a frente da Arábia Saudita.

O equivalente a 1,9 milhão de barris de petróleo russo foi importado para China, incluindo o bombeado pelo oleoduto da Sibéria Oriental no Oceano Pacífico e embarques marítimos dos portos europeus e do Extremo Oriente da Rússia, somando 7,81 milhões de toneladas no mês de novembro, como demonstram dados da Administração Geral das Alfândegas. Em outubro de 2021 o valor era de 1,63 milhão de toneladas.

Sanções a Rússia deixou o petróleo mais barato

A União Europeia proibiu as importações de petróleo russo e os países do G7 estabeleceram o preço máximo de 60 dólares o barril para o petróleo vindo da Rússia, buscando limitar a capacidade de Moscou de financiar a guerra na Ucrânia.

Contudo, os descontos do petróleo russo se tornaram um atrativo para compradores chineses, e especialmente refinarias independentes fizeram negócios com a Rússia. As refinarias estatais, no entanto, ainda compram de maneira reduzida devido às preocupações com as sanções impostas a Moscou.

O petróleo comprado pela China da Arábia Saudita sofreu uma queda de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior. O valor chegou a 6,62 milhões de toneladas em novembro, ou 1,61 milhão de bpd, em 2021 as importações do petróleo saudita foram de 7,4 milhões de toneladas ou 1,8 milhão bpd, o que é uma redução considerável.

Mudança de mercado surpreende analistas da Arábia Saudita

Analistas mantinham a expectativa de que a participação de mercado da Arábia Saudita na China se mantivesse estável ou aumentasse no futuro, após anúncio do presidente chinês, Xi Jinping, de que haveria mais acordos de energia com o país.

Em novembro de 2021, as importações de petróleo da Malásia quase triplicaram, segundo dados alfandegários. O país é ponto de transferência para remessas sancionadas de origem iraniana e venezuelana.

Embarques de petróleo dos Estados Unidos para a China atingiram o nível mais alto desde janeiro, o valor ficou em 1,05 milhão de toneladas ano em novembro. Os compradores aproveitam lucros consideráveis de arbitragem após o aumento da produção de óleo de xisto e vendas de reservas nos EUA.

Relembre a sanção petrolífera imposta a Rússia

O Grupo dos Sete países (G7) e as nações ocidentais entraram em acordo, ainda em dezembro, para estabelecer um preço máximo de 60 dólares por barril de petróleo russo transportado por mar, contudo a Rússia rejeitou, no dia seguinte ao anunciado, o limite imposto.

A imposição de valor dada pelo G7 permite que países de fora da União Europeia sigam importando petróleo russo, contudo, impossibilita empresas de transporte marítimo e de seguros e resseguros de trabalharem com cargas russas a não ser que sejam comercializados a 60 dólares o barril de petróleo.

Na época do ocorrido, O Kremlin – governo russo – informou que seguiria a encontrar compradores para o seu petróleo, apesar da “perigosa” tentativa ocidental de atingir uma das principais fontes de renda do governo do presidente Putin.