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Alemanha terá economia retraída em 2023, apontam instituições

De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Comissão Europeia, retração chegará a 0,4%

by Tiago Souza
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O desenvolvimento da economia da Alemanha cairá em 2023. Essa é uma projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Comissão Europeia, órgão vinculado a União Europeia (UE). De acordo com um relatório recente da Comissão, a economia germânica irá encolher cerca de 0,4% neste ano. A queda é um movimento oposto a projeção de crescimento de 0,2% que era estimada há três meses pela instituição europeia.

Segundo porta-vozes e analistas, o indicativo de redução na economia da Alemanha se deve, entre outros fatores, ao aumento de preços na produção e obtenção de energia para a indústria, a suspensão do fornecimento de gás natural da Rússia ao país europeu e os impactos econômicos da invasão russa ao território ucraniano há cerca de dois anos.

De acordo com o FMI, a Alemanha seria a única grande economia da chamada ‘zona do euro’ a ter retração. Entretanto, o cenário apresentado não se assemelha a uma recessão.

“O consumo e a demanda doméstica poderiam melhorar junto com o poder de compra nos próximos meses. Isso poria a economia alemã de volta a uma trajetória de crescimento”, disse o comissário de Economia da UE, Paolo Gentiloni, em entrevista ao site de notícias alemão DW.

Alternativas

Após um período de bonança, sobretudo pelo êxito na indústria automobilística e de exportação de seus maquinários, a Alemanha pode passar por um momento de “desindustrialização” por conta dos custos altos em energia e uma suposta inércia do governo em políticas de proteção aos empregos e salários, pontuou o CEO da Evonik, Christian Kullmann, em entrevista a agência de notícias internacional Associated Press.

“A perda do gás natural barato russo necessário para abastecer as fábricas prejudicou dolorosamente o modelo de negócios da economia alemã. Estamos numa situação em que fomos fortemente afetados – prejudicados – por fatores externos.”, acrescentou Kullmann.

Após o corte do gás russo, a Evonik recebeu um pedido do governo alemão para intensificar o abastecimento de sua central elétrica a carvão em um ritmo acelerado por mais alguns meses. Por outro lado, a empresa segue na construção de uma usina que, a posteriori, será neutra em carbono até 2030.

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