Na manhã dessa última terça-feira, (02/08), o brasileiro Patric Carlos, 37 anos, veio a óbito enquanto estava embarcado a bordo da P-19, localizada na Bacia de Campos, da Petrobras. O fatídico acontecimento se deu quando o caldeireiro estava na sala onde fica o motor gerador e, infelizmente, acabou inalando gás carbônico.
De acordo com as informações divulgadas pelo Sindipetro-NF, Patric era recém-chegado na GranIHC Services S.A, onde trabalhava à cerca de dois meses e oito dias. O caldeireiro residia no município de São Mateus, localizado no Espírito Santo. Além disso, com a sua partida precoce, deixou sua esposa e dois filhos, enquanto saiu de casa para trabalhar.
Apesar das poucas informações, acredita-se que a morte do trabalhador tenha ocorrido após o disparo do gás
Segundo os relatos de bordo, a sala onde ficava o motor gerador era totalmente fechada. Nesse mesmo local, estava sendo realizada uma obra, para a retirada do piso gradeado. Chegada às 9h30 da manhã de terça-feira, houve um disparo do gás carbônico na sala.
Nessa hora, além do caldeireiro, havia mais outro trabalhador que estava presente na sala fechada onde o gás foi liberado. No entanto, o petroleiro Patric Carlos acabou inalando o gás tóxico, ficando inerte e não conseguindo deixar a sala, falecendo no local.
A Sindipetro-NF lamentou que mais uma tragédia tenha ocorrido na Bacia de Campos, plataforma pertencente a Petrobras. Em nota divulgada, o diretor do Departamento de Saúde Alexandre Vieira disse que, “para o NF, nenhum trabalhador pode sair de casa para trabalhar e não voltar”.
Devido à dimensão de uma plataforma de petróleo, existem alguns equipamentos acionados em caso de emergência, para garantir a funcionalidade total da plataforma. Nesse caso, o equipamento em questão para manter a energia necessária e os demais equipamentos em funcionamento, seria o motor gerador que estava na sala.
Devido ao fato de apresentar alguns riscos, é de suma importância que ele fique em um local que encasulado, para não oferecer perigo aos que estão na plataforma. Dessa forma, para tentar averiguar o motivo pelo qual o disparo ocorreu, haverá uma investigação minuciosa, onde o diretor sindical Rafael Crespo irá representar o sindicato.
Da mesma forma que o Sindipetro-NF prestou sua solidariedade para com a família do petroleiro devido ao ocorrido, a Petrobras também veio a público informar o quanto lamenta que algo tão fatídico tenha acontecido com um membro do setor.
Em nota, a Petrobras fez a seguinte declaração: “O prestador foi atendido imediatamente pela equipe médica a bordo, mas infelizmente não resistiu. Outro colaborador que também estava no local recebeu atendimento médico e passa bem. A Petrobras está prestando apoio aos familiares. A Petrobras instaurou uma comissão para apurar as causas do acidente e comunicou as autoridades”.
Sindicalistas vão ao Farol lamentar o ocorrido e pedem a Petrobras por mais segurança no trabalho
O ocorrido serviu para que a classe petroleira se reunissem no Farol durante logo as primeiras horas do dia. Para registrarem a sua presença o deixarem um pouco do companheiro que faleceu, colocaram cruzes e faixas nos canteiros próximos à entrada do heliporto.