A Fuel Retailers Association afirmou que as tentativas dos grupos de esquerda na África do Sul em pedirem para que o governo controle os preços de combustíveis, como gasolina e diesel, fará com que fiquem ainda mais inflados.
Em março, muitos países, como a África do Sul, bateram os maiores níveis de inflação dos últimos cinco anos. Além disso, os preços tendem a aumentar depois da iniciativa de muitos governos em remover o subsídio em que pagavam uma parte do preço.
Nesta segunda-feira, 4 de julho, o Departamento de Recursos Minerais e Energia anunciou que, a partir do dia 03 de agosto, dentro de um mês, fará a retirada de todos os subsídios de combustíveis de gasolina e diesel para a população da África do Sul.
O preço, de acordo com o informado pelo departamento, sobre o litro do diesel, está por volta de 2,31 rands (moeda utilizada no país). Além dos aumentos nos combustíveis utilizados na agricultura, o que poderá prejudicar o desenvolvimento do PIB, Produto Interno Bruto, é estimado, além disso, que a conta de energia elétrica também aumente, principalmente para os grupos que vivem em regiões mais afastadas.
Aumentos dos combustíveis somam mais de 36% em apenas um semestre
Os custos voltados para o varejo da gasolina tiveram aumento na África do Sul de ao menos 36% em um semestre, ou seja, desde o começo de janeiro. Os grupos trabalhistas realizam protestos para regularizar os preços, mas as manifestações tendem a ser prejudiciais aos olhos dos investidores do exterior. Dependendo dos níveis dos protestos, os valores do petróleo aumentarão, impactando o desenvolvimento econômico nacional.
O Brasil vem enfrentando uma situação bastante parecida a esta. Bolsonaro, presidente da República, afirma que não pode intervir nos preços cobrados pela Petrobras mesmo que o governo federal seja acionista majoritário. Por não controlar os preços da estatal, o presidente da república removeu os tributos federais sobre o diesel para conter os caminhoneiros.
Apesar da retirada dos tributos, o alto valor do dólar, que está sendo cotado a R$ 5,32 com o final do pregão da sexta-feira, 01 de julho, faz com que o litro tenha altas constantes e supere a faixa de $ 7 em ao menos vinte estados. Em estados como em Santa Catarina (SC), os postos já tem previsão para alterar os preços do combustível para mais de R $10 nas bombas. Os caminhoneiros estão entre os mais prejudicados.