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Cargill anuncia ampliação de negócios com a Omega Energia para abastecer unidades fabris de todos os seus pontos de negócios no Brasil

Cargill e Omega Energia ampliam parceria em parque eólico baiano, usinas Assuruá 5 - I e III fortalecerão a matriz energética das unidades da multinacional.

by Marcelo Santos
Cargill anuncia a ampliação de negócios com a Omega Energia para abastecer unidades fabris de todos os seus pontos de negócios no Brasil

A multinacional Cargill, conhecida por sua forte presença no agronegócio, anunciou a ampliação de seus negócios no Brasil, estreitando ainda mais os laços com a Omega Energia. Com a parceria a empresa busca reforçar os investimentos em energia limpa, reafirmando seu compromisso com práticas sustentáveis.

Energia eólica no agronegócio

O foco da recente parceria é um parque eólico em construção nas cidades baianas de Xique-Xique e Gentio do Ouro. Previsto para iniciar operações em janeiro de 2025, o empreendimento abrigará as usinas de Assuruá 5 – I e III, com uma capacidade instalada de impressionantes 81,2 MW.

Gabriel Garbin, Diretor Regional de Energia da Cargill, reforçou a importância dessa união. “A formalização dessa parceria vem reforçar os esforços da Cargill na busca pela utilização de energia limpa e na gestão mais eficiente de suas operações; além de estar alinhada com nossas metas de sustentabilidade”, afirmou.

Parceria entre Omega Energia e Cargill

Não é a primeira vez que a Cargill e a Omega Energia decidem unir forças em prol da sustentabilidade. Em 2022, ambas já haviam consolidado investimentos para abastecer as plantas do nordeste brasileiro com energia eólica. Esta nova parceria, no entanto, marca um avanço ainda mais significativo: a partir de 2025, a Cargill passará a ser autoprodutora de energia, e a maior parte da eletricidade consumida pela empresa no Brasil provirá de fontes renováveis.

Fabiana Polido, Diretora Comercial da Omega Energia, pontuou a relação intrínseca entre agronegócio e energia renovável. “A relação do Agronegócio com a energia renovável é uma excelente alavanca para redução de custos e sustentabilidade e, é por isso que nossa parceria com a Cargill foi renovada neste ano”, destacou.

Rumo ao net zero

O cenário global exige atenção e investimentos massivos na busca por soluções sustentáveis. A Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena) estima que serão necessários cerca de US$ 5,7 trilhões até 2030 para conter o aquecimento global. Nesse contexto, parcerias como a estabelecida entre Cargill e Omega Energia são essenciais. Polido enfatizou: “As parcerias entre empresas ambientalmente responsáveis facilitam o caminhar rumo ao net zero”.

Diante desse panorama, os investimentos conjuntos de empresas como Cargill e Omega Energia não apenas reafirmam o compromisso das organizações com o futuro do planeta, mas também sinalizam um caminho a ser seguido por outras empresas, rumo a uma economia verdadeiramente descarbonizada.

Cargill planeja aquisição de ativos da Granol

A Cargill anunciou seu plano de adquirir ativos da empresa Granol, uma das maiores esmagadoras de soja e produtoras de biodiesel do Brasil. Esta iniciativa enquadra-se na estratégia de crescimento da empresa, não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina, reforçando seu objetivo de nutrir o mundo de forma segura, responsável e sustentável.

Os ativos em questão incluem fábricas de esmagamento e biodiesel nas cidades de Anápolis (GO), Porto Nacional (TO) e Cachoeira do Sul (RS). Outros quatro armazéns nos estados de Goiás e Tocantins também fazem parte do pacote de aquisição.

Contexto de consolidação e oferta abundante

O movimento da Cargill surge em um contexto de provável consolidação na indústria local de esmagamento de soja, coincidindo com um período de oferta barata do grão após uma safra generosa. Atualmente, aproximadamente 68% do biodiesel produzido no Brasil é derivado da soja, conforme dados da Abiove.

A Cargill já havia manifestado interesse em expandir suas operações no Brasil em junho, quando expressou a intenção de participar de um leilão de ativos da Imcopa, outra esmagadora privada que passa por um processo de recuperação judicial.

Detalhes da negociação mantidos em sigilo

As companhias, Cargill e Granol, decidiram não divulgar o montante da transação, citando a necessidade de confidencialidade durante o processo de avaliação pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Paula Cadette, diretora-superintendente da Granol e descendente de um dos fundadores, em uma ligação, explicou que a venda dos negócios de biodiesel à Cargill foi motivada pela idade dos donos e pela crescente demanda de capital de giro.

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