Em cerimônia realizada nesta quarta-feira, 20/9, o presidente do Brasil, Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciaram publicamente a celebração da ‘Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores’, um protocolo de intenções que visa, entre outros pontos, melhorias em prol de condições justas aos empregos dos trabalhadores nos dois países.
Como diretrizes, a Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores promoverá:
- o trabalho digno nos empreendimentos públicos e privados
- o combate à discriminação no local de trabalho;
- abordagem centrada dos trabalhadores na transição para energia limpa;
- e o uso da tecnologia e da transição digital em prol do trabalho decente.
Segundo a proposta, o acordo irá combater a precarização da força do trabalho e ampliará o papel dos sindicatos na proteção dos direitos trabalhistas. Como focos de atuação, a justificativa da Parceria entre Brasil-EUA busca inserir os trabalhadores no ‘centro das soluções políticas, apoiando-os’.
“Os trabalhadores e trabalhadoras construíram os nossos países – desde as nossas infraestruturas mais básicas e serviços críticos, à educação dos nossos jovens, ao cuidado dos nossos idosos, até nossas tecnologias mais avançadas. Os trabalhadores e trabalhadoras e os seus sindicatos lutaram pela proteção no local de trabalho, pela justiça na economia e pela democracia nas nossas sociedades – eles estão no centro das economias dinâmicas e do mundo saudável e sustentável que procuramos construir para os nossos filhos.”, diz um trecho da mensagem.
Opiniões
Para o mandatário norte-americano, a celebração do protocolo é um marco da atual gestão em defesa dos trabalhadores e seus direitos conquistados.
“Não queremos só que uma classe se saia bem, queremos que os pobres tenham a oportunidade de subir na vida. Os ricos não pagam impostos suficientes. Essa visão é impulsionada por uma força trabalhista forte. Orgulho-me que meu governo tem sido caracterizado com o mais pró-sindicato na história dos EUA”, afirmou o presidente Joe Biden.
Já o presidente brasileiro enfatizou os desafios atuais da busca por condições dignas de trabalho.
“O saldo é que nós temos 2 bilhões de trabalhadores que estão no setor informal, segundo a OIT [Organização Internacional do Trabalho]. O dado concreto é que temos 240 milhões de trabalhadores que, mesmo trabalhando, vivem com menos de US$ 1,90 por dia. É inaceitável que mulheres, minorias étnicas e pessoas LGBTQIA+ sejam discriminadas no mercado de trabalho”, pontuou Lula da Silva.
A mensagem completa da Parceria pode ser acessada nesse link.