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Viterra e Bunge podem criar gigante global do agronegócio em nova fusão para o mercado de grãos

A movimentação estratégica reflete o desejo de fortalecer suas posições no mercado, aproveitando as oportunidades do agronegócio.

by Redação Petrosolgas
A movimentação estratégica reflete o desejo de fortalecer suas posições no mercado, aproveitando as oportunidades do agronegócio.

O mercado do agronegócio global pode estar prestes a assistir uma mega fusão no setor. Trata-se da união da Viterra, trader global de grãos, com uma de suas principais concorrentes, a Bunge. A fusão de ambas as empresas ainda está sendo negociada e a estrutura do contrato ainda não está concluída. No entanto, as chances para um acordo ser firmado são altas.

Nova fusão da Viterra e Bunge pode revolucionar mercado de grãos

Em uma movimentação surpreendente, a trader global de grãos Viterra está atualmente em negociações avançadas para fundir-se com sua rival norte-americana Bunge, segundo uma fonte confiável próxima ao tema. Essa possível fusão está prestes a balançar o mundo dos comerciantes globais de grãos, com o potencial de criar uma gigante indústria que dominaria o setor.

Embora não haja garantia de que a Viterra, que conta com a participação da renomada empresa suíça de mineração e comércio Glencore, chegará a um acordo com a Bunge, as conversas estão em andamento e são tratadas com extrema confidencialidade. A estrutura precisa dessa mega fusão ainda não foi finalizada, sendo alvo de intensas discussões entre ambas as partes.

Além disso, as ações da Bunge foram cotadas a impressionantes US$ 93,76 na quinta-feira, (25), o que avalia a empresa em torno de US$ 14 bilhões. Essa potencial união entre a Viterra e a Bunge tem o poder de revolucionar o panorama do agronegócio global, unindo duas forças do setor em uma única entidade poderosa.

A criação de uma gigante do agronegócio proporcionaria um alcance sem precedentes e uma influência significativa nos mercados internacionais de grãos, possivelmente redefinindo a hierarquia no topo dessa indústria em constante expansão.

Comerciantes de commodities buscam fortalecer posição no mercado global

Após um ano de grandes ganhos financeiros impulsionados pela invasão russa da Ucrânia e suas consequências nos preços das safras, os comerciantes globais de commodities têm acumulado reservas de caixa consideráveis. Empresas renomadas do mercado, como Bunge e Viterra, lucram por meio da compra, venda, armazenamento e processamento de safras, frequentemente capitalizando com as interrupções de abastecimento causadas por eventos como secas ou conflitos armados.

Nesse contexto, uma possível fusão entre as empresas de grãos colocaria a primeira entre os principais comerciantes globais do setor, ao lado de gigantes como Cargill e Archer-Daniels-Midland. Além disso, essa união estratégica proporcionaria acesso a terminais de exportação nos Estados Unidos, um dos maiores produtores e fornecedores de grãos do mundo. No ano passado, a Viterra adquiriu a empresa norte-americana Gavilon, pertencente à japonesa Marubeni, por impressionantes US$ 1,1 bilhão.

Essa transação agregou consideravelmente mais ativos físicos de manuseio de grãos nos EUA à Viterra, elevando sua posição para se tornar a terceira maior exportadora de soja do Brasil. Vale ressaltar que a Bunge já possui uma forte presença no país. Até o momento, as empresas Glencore, Viterra e Bunge preferiram não comentar sobre as negociações em curso.

No entanto, a Bloomberg foi a primeira a noticiar essa possível fusão entre Viterra e Bunge, despertando grande interesse no mercado. Essa movimentação estratégica das empresas comerciais de commodities reflete o desejo de fortalecer suas posições no mercado, aproveitando as oportunidades oferecidas por eventos do agronegócio, que está em constante mudança. Agora, resta aguardar os próximos passos da Viterra e da Bunge quanto à fusão.

Até o momento, as poucas informações divulgadas levam a crer que a Viterra realmente está em negociações com sua rival, Bunge, para uma nova união no mercado do agronegócio. Como resultado, a fusão de ambas as empresas pode formar uma cooperativa única no ramo de comercialização de grãos.

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