A Vale, em colaboração com a Oldendorff Carriers, realizou na última quarta-feira de novembro, 29, sua primeira viagem com biocombustível em um mineraleiro. O navio Newcastlemax, carregado com minério de ferro, partiu do Rio de Janeiro com destino à Ásia, impulsionado pelo inovador B24, uma mistura de óleo combustível e biodiesel derivado de resíduos de óleo vegetal de cozinha. Esta iniciativa, parte do programa Ecoshipping da Vale, visa não apenas reduzir as emissões de gases de efeito estufa, mas também liderar o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis no transporte marítimo. A parceria entre a Vale e a Oldendorff Carriers destaca o compromisso em direção a práticas mais ecológicas no setor.
Biocombustível B24 é a aposta da Vale para operações com mineraleiro
A gigante brasileira Vale, em parceria com a Oldendorff Carriers, abraçou um marco na indústria marítima com a estreia de sua primeira viagem utilizando biocombustível B24 em um mineraleiro. Com mais de um século de experiência e uma frota de cerca de 700 navios, a Oldendorff Carriers e a Vale estão liderando o caminho em direção a práticas mais sustentáveis.
O projeto aconteceu em um navio Newcastlemax, operando sob a bandeira da Vale, que partiu recentemente do Rio de Janeiro rumo à Ásia, carregado com uma carga completa de minério de ferro. Este teste marcou um avanço significativo na busca por alternativas mais ecológicas no setor de transporte marítimo. A colaboração entre a Vale e a Oldendorff Carriers é um passo essencial em direção a um futuro mais verde no mercado global.
A Oldendorff Carriers, com vasta experiência de 102 anos, trouxe seu know-how para o projeto, tornando-se parte fundamental dessa iniciativa sustentável. O navio Hinrich Oldendorff, construído em 2016 com capacidade para 209 mil toneladas, carregou biocombustível B24 em Cingapura, uma mistura inovadora de óleo combustível e biodiesel derivado de resíduo de óleo vegetal de cozinha. Essa mistura, composta por 286 toneladas de óleo vegetal, representa aproximadamente 24% do total. Dessa forma, a operação marcou um novo momento nas atividades da Vale rumo à sustentabilidade.
Mineraleiro movido a biocombustível B24 reduz significativamente as emissões de poluentes
A adoção do biocombustível B24 não é apenas uma escolha ecologicamente consciente, mas também traz uma série benefícios para o meio ambiente. A Vale Estima que a economia de carbono equivalente (CO₂eq) ao longo do ciclo de vida do combustível seja de cerca de 18%, o que equivale a aproximadamente 785 toneladas de CO₂. Isso representa uma contribuição significativa para a mineradora na redução das emissões do Escopo 3.
O uso do biocombustível na viagem de transporte de carga com o mineraleiro da Vale é parte integrante do programa Ecoshipping, uma iniciativa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) concebida pela área de navegação da mineradora. O programa não apenas explora soluções de combustíveis alternativos para o transporte marítimo, mas também lidera o caminho no desenvolvimento de tecnologias de eficiência energética.
Michelle Gonzalez, Gerente Geral de Afretamento, Contratos de Longo Prazo e Operações da Vale, expressou sua satisfação com os parceiros de transporte marítimo comprometidos. Ela enfatiza a importância de colaborações genuínas e parcerias sólidas como peças-chave para o sucesso dessas iniciativas sustentáveis. Já Patrick Hutchins, CEO da Oldendorff Carriers, destaca a satisfação da empresa por ser escolhida pela Vale para essa jornada inovadora.
Ele destacou a intenção de explorar mais oportunidades em conjunto com a Vale, visando impulsionar os setores de transporte marítimo e mineração em direção a metas maiores de sustentabilidade. Assim, o sucesso desta primeira viagem de mineraleiro movido a biocombustível B24 não apenas representa um marco na história da Vale e da Oldendorff Carriers, mas também traz novas discussões sobre a sustentabilidade nesse segmento.
