Home ENERGIA Usinas solares offshore em construção ajudarão o Brasil a atingir 200 MW em dois anos

Usinas solares offshore em construção ajudarão o Brasil a atingir 200 MW em dois anos

Diretor da Sunlution afirma que geração solar flutuante pode minimizar consequências da crise hídrica no Brasil

by Valdemar Medeiros
Usinas solares offshore em construção ajudarão o Brasil a atingir 200 MW em dois anos

Futuramente é possível que o mercado brasileiro alcance a marca dos 200 MW de geração de energia solar através de uma usina solar flutuante implantada na modalidade de GD (geração distribuída) até o ano de 2024 e também há uma enorme chance da aplicação de novas tecnologias hibridas hibridização às usinas hidrelétricas. O sócio-diretor da Sunlution, Luiz Piauhylino Filho, explica que a Sunlution, especializada na elaboração e na aplicação de projetos de geração de energia solar flutuante, possui grandes expectativas  e pretende investir no Brasil.

Usina solar offshore flutuante é o trunfo da Sunlution

Segundo Piauhylino, o mercado de energia solar flutuante no Brasil ganhou espaço recentemente, com a inauguração de usinas solares de pequeno porte e com a expectativa da entrada em operação de demais usinas solares de maior porte para o ano de 2023.

“O mercado finalmente está amadurecendo e pode tomar um corpo de volume bastante interessante com a consolidação desses 200 MW na modalidade de GD e o início da hibridização da tecnologia”, afirmou o executivo.

A Sunlution é uma entre outras empresas que têm investido no mercado nacional brasileiro, prometendo inaugurar aquilo que seria e pode ser a maior usina solar offshore flutuante do país, na Represa Billings, localizada em São Paulo.

Maior usina solar offshore pode ser construída no  Brasil

A empresa Sunlution tem grandes planos, como a construção da nova usina solar flutuante em São Paulo, segundo Piauhylino: “Começamos a instalação dos primeiros 5 MWp dos 60 MWp na Represa Billings em São Paulo. Nesta primeira etapa, serão usados algo perto de 60 hectares de lâmina d ‘água só para o nosso projeto, onde vamos instalar mais de 107 mil painéis de 665 W. Os flutuadores estão sendo produzidos no Estado de São Paulo usando a tecnologia da empresa francesa Ciel et Terre”.

Porém, uma das maiores dificuldade enfrentadas nos projetos da usina solar flutuante é a limitação em relação aos preços dos flutuadores.

“Projetos que envolvem usinas solares flutuantes em GD variam de 10 MW a 50 MW mais ou menos. Na hibridização, por sua vez, estamos falando de projetos que podem ultrapassar 1 GW”, ressaltou.

É possível que daqui há dois anos, esse mercado provavelmente desponte com projetos de usinas de energia solar flutuante bem mais robustos e elaborados e com um alto investimento, explicou Piauhylino.

Viabilização das usinas solares offshore no mercado brasileiro

O executivo explica que a hibridização que otimiza a infraestrutura da usina solar flutuante já é existente, amenizando novos impactos no maio ambiente e a produção e larga escala, torna os flutuadores uma tecnologia mais competitiva no mercado de energia solar. A tecnologia deles torna possível a aplicação de soluções para as usinas solares flutuantes nos reservatórios que já existem.

“Atualmente, o CAPEX de 1 MW de uma usina de solo está em torno de R$ 4,2 mil a R$ 4,5 mil. Já 1 MW de flutuador instalado está em torno de 15% à 20% mais. Uma coisa é construir um projeto para 1 ou 2 MW, outra coisa é produzir para 500 MW ou até mesmo 1 GW”, ressaltou o executivo.

O executivo acredita que o preço dos flutuadores possa cair nos próximos anos, com o avanço da tecnologia, o que viabilizará a construção de novas usinas solares offshore no Brasil.

“A tecnologia está evoluindo e, dentro de um ano e meio, provavelmente, teremos uma nova série de flutuadores mais baratos e melhores”, finalizou o executivo.

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